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Em setembro, IBGE prevê alta de 6,3% na safra de 2019

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A produção foi de 6,9 milhões de toneladas, com alta de 5,0% em relação a agosto. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a produção cresceu 6,2% e alcançou 4,7 milhões de toneladas, o que representa 67,8% da safra nacional. Na Bahia, segundo maior produtor, a produção também foi reavaliada, com alta de 2,2%. Em Goiás, houve alta de 10,7%, devido à maior área cultivada. Preços compensatórios, com a maior demanda chinesa, além da boa produção e rentabilidade da safra anterior, incentivaram a ampliação da área plantada e o aumento dos investimentos. Em relação a 2018, a estimativa da produção de algodão cresceu 39,0%, devido ao aumento de 40,9% na área plantada. Já a produção cresceu 46,1% no Mato Grosso, de 19,7% na Bahia e 79,5% em Goiás.

BATATA-INGLESA – A estimativa da produção brasileira alcançou 3,8 milhões de toneladas, declínio de 1,1% em relação ao mês anterior. Em setembro, não houve variação para a 1ª safra em relação ao mês anterior. A produção ficou em 1,7 milhão de toneladas. Para a 2ª safra, a produção mineira foi reavaliada com crescimento de 10,1%, alcançando 478,1 mil toneladas. As produções do Paraná e São Paulo também foram revistas, contudo, para baixo, com declínios de 1,9% e 6,0%, respectivamente. Ao todo, a produção da 2ª safra alcançou 1,2 milhão de toneladas, crescimento de 1,9% em relação ao mês anterior. Para a 3ª safra, a produção foi estimada em 923,7 mil toneladas, declínio de 6,5% em relação ao mês anterior. São Paulo e Minas Gerais informaram redução de 5,3% e 14,6% em suas estimativas de produção, devendo as mesmas alcançarem 387,4 e 262,6 mil toneladas, respectivamente, enquanto Goiás informou aumento de 0,9%. Em relação ao ano anterior, a produção brasileira de batata-inglesa apresentou declínio de 0,3%.

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café foi de 3,0 milhões de toneladas, ou 50,3 milhões de sacas de 60 kg, redução de 16,0% em relação a 2018. Em relação ao mês anterior, a produção foi 3,5% menor.

Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,1 milhões de toneladas, ou 35,1 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 4,4% em relação ao mês anterior. Em Minas Gerais, na passagem de agosto para setembro, a estimativa da produção declinou 4,9%, com a produção devendo alcançar 1 489,8 mil toneladas, contra 1 566,9 mil toneladas estimados no mês anterior, declínio de 77,1 mil toneladas ou 1,3 milhão de sacas de 60 kg. Em São Paulo, a estimativa da produção também recuou 5,6%. Os cafezais sofreram com a incidência de altas temperaturas e falta de chuvas em um período importante do desenvolvimento da cultura, o que reduziu as estimativas de rendimento médio. Além disso, os preços não se encontravam tão atraentes, e os custos de produção foram relativamente elevados. Em relação a 2018, a produção do café arábica caiu 21,8%, representando uma produção de “ano de baixa”, devido à bienalidade característica dessa cultura.

Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a produção estimada foi de 911,4 mil toneladas, ou 15,2 milhões de sacas de 60 kg, declinou 1,3%. A estimativa da produção da Bahia foi de 96,0 mil toneladas, ou 1,6 milhão de sacas de 60 kg, declínio de 11,1% em relação ao mês anterior. Espírito Santo e Rondônia, maiores produtores do País e responsáveis por 85,8% do total produzido na atual safra, mantiveram as estimativas do mês anterior. Apesar da retração de 15,5% na área plantada em relação ao ano anterior, a produção de café canephora cresceu 1,3%. Nesse comparativo, as produções foram maiores no Espírito Santo (7,4%) e em Rondônia (5,6%), e menor na Bahia (-31,6%). As produções capixaba e de Rondônia foram beneficiadas pelo clima este ano.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – A safra brasileira de inverno foi estimada em 6,9 milhões de toneladas, com o trigo participando com 79,8% do total, ou 5,5 milhões de toneladas, a aveia participando com 14,1%, ou 966,9 mil toneladas, e a cevada participando com 6,1%, ou 416,1 mil toneladas.

A área plantada do trigo, principal lavoura de inverno brasileira, foi 2,1 milhões de hectares. Houve queda de 5,9% na estimativa da produção em relação ao mês anterior, devido à redução de 5,8% no rendimento médio. No Paraná, maior produtor, com participação de 43,2% na produção nacional, a estimativa de produção foi de 2,4 milhões de toneladas, 12,9% a menos que no mês anterior, devido às geadas nas lavouras paranaenses.

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