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IBGE prevê safra recorde de grãos em 2020

Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a produção foi de 922,8 mil toneladas, ou 15,4 milhões de sacas de 60 kg, crescendo 1,1% em relação ao mês anterior, em decorrência da produção da Bahia, que foi revista com aumento de 12,6%. A produção foi de 108,1 mil toneladas, ou 1,8 milhão de sacas de 60 kg. Apesar da retração de 15,2% na área plantada em relação ao ano anterior, a produção do café canephora cresceu 2,6%, com o rendimento médio aumentando 6,0%. Nesse comparativo, as produções foram maiores no Espírito Santo (7,8%) e em Rondônia (4,2%), e menor na Bahia (-23,0%). As produções capixaba e de Rondônia foram beneficiadas pelo clima este ano.

CANA-DE-AÇÚCAR – A produção brasileira foi de 667,5 milhões de toneladas, crescimento de 0,2% em relação ao mês anterior. São Paulo continua sendo o maior produtor nacional, com 341,8 milhões de toneladas, responsável por 51,2% da produção. Goiás, é o segundo maior produtor, com 75,7 milhões de toneladas, participando com 11,3%. Minas Gerais é o terceiro maior produtor de cana, sendo responsável por 11,1% do total produzido no País, com 74,3 milhões de toneladas. Em relação a 2018, a produção apresentou decréscimo de 1,0%, com reduções de 5,9% na área plantada e de 2,6% na área em produção, enquanto que o rendimento médio aumentou em 1,7%. A menor área em produção este ano deve-se à maior renovação dos canaviais.

FEIJÃO (em grão) – A produção estimada foi de 3,0 milhões de toneladas, praticamente não havendo alteração em relação ao mês anterior. Em relação à safra de 2018, a produção total de feijão foi 2,2% maior, em decorrência do aumento de 9,2% no rendimento médio, visto que a área plantada foi reduzida em 5,4%. De uma forma geral, o clima em 2019 foi melhor para as lavouras da leguminosa, notadamente para a segunda safra, que comparativamente ao ano anterior, mostrou crescimento de 20,2% para o rendimento médio. A 1ª safra de feijão foi de 1,3 milhão de toneladas. Na Região Nordeste houve declínio de 9,4% na produção frente ao ano anterior. Na Regiões Sudeste e Sul, houve declínio de 19,9% e 18,6%, respectivamente. Os preços do produto na época de plantio estavam relativamente baixos, desestimulando os produtores a cultivarem a leguminosa.

A produção da 2ª safra, de 1,2 milhão de toneladas, foi superior à de 2018 em 16,4%, apesar da retração de 4,2% na área plantada. Diversas Unidades da Federação divulgaram aumento para a estimativa de produção. Os preços praticados na época de plantio eram superiores aos da 1ª safra, o que explica o maior interesse dos produtores em cultivar a leguminosa nesse período, considerado mais seco. Além disso, o clima beneficiou as lavouras quando comparado com 2018. Os estados com maior participação na produção nacional foram: Paraná (31,2%), Minas Gerais (17,2%), Mato Grosso (10,5%) e Bahia (10,1%). Para a 3ª safra de feijão, a previsão é de crescimento de 1,0% na produção em relação à estimativa de novembro, com São Paulo informando uma produção de 103,2 mil toneladas, 4,2% maior que no mês anterior. Em relação ao ano anterior, a produção da 3ª safra, de 588,4 mil toneladas foi 28,8% maior, devendo, esse crescimento, aos preços mais compensadores do produto, que incentivaram os produtores a ampliarem a área plantada e os investimentos nas lavouras.

LARANJA – A produção foi de 17,6 milhões de toneladas, ou 431,7 milhões de caixas de 40,8 kg, crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior. Em São Paulo, principal produtor e responsável por 77,5% do total nacional, a produção foi estimada em 13,7 milhões de toneladas, ou 334,6 milhões de caixas de 40,8 kg, crescimento de 8,5% em relação a 2018. O cinturão citrícola de São Paulo destaca-se pelo elevado nível tecnológico dos pomares, com a maior parte da produção de laranja destinada ao processamento e produção de suco, importante produto na pauta das exportações brasileiras.

MANDIOCA (raiz) – A produção de mandioca foi de 19,0 milhões de toneladas, declínio de 5,5% em relação ao mês anterior. Na Bahia, houve reajuste na produção em decorrência dos dados levantados no Censo Agropecuário do IBGE. A produção do Estado foi de 963,0 mil toneladas, declínio de 48,2% em relação ao mês anterior e redução de 37,0% em relação a 2018. Em relação ao ano anterior, a produção apresenta declínio de 2,1%, em decorrência, da redução de 8,3% na área colhida e de 33,0% na área plantada. Preços pouco compensadores têm desestimulado o plantio bem como a colheita das raízes, permanecendo as mesmas mais tempo no campo.

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