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IBGE prevê safra recorde de grãos em 2020

MILHO (em grão) – Em relação à última informação, a produção cresceu 0,4%, totalizando 100,6 milhões de toneladas, novo recorde de produção da série histórica do IBGE. Em relação ao ano anterior, a produção encontra-se 23,6% maior, havendo incrementos de 15,5% no rendimento médio, de 6,3% na área plantada e de 7,0% na área colhida. Na 1ª safra de milho, a produção alcançou 26,0 milhões de toneladas, acréscimo de 0,3% em relação a informação do mês anterior. Em relação a 2018, a produção foi 0,9% maior, apesar do declínio de 1,6% na área. Preços pouco compensadores, na época da semeadura, e concorrência da soja pelas áreas disponíveis de plantio têm reduzido a produção desta época nos últimos anos. Os produtores têm preferido o plantio do milho de 2ª safra.

Para a 2ª safra, a produção encontra-se em 74,6 milhões de toneladas, 0,4% superior ao mês anterior. Esse volume de produção de milho 2ª safra é recorde da série histórica do IBGE, tendo suplantado em 7,0 milhões de toneladas o da safra de 2017, até então, a maior produção obtida pelo País, quando registrou 67,6 milhões de toneladas. Em decorrência do plantio antecipado da soja, no presente ano agrícola, houve um maior período para a “janela de plantio” do milho. Isso possibilitou menor risco para as lavouras no campo, uma vez que reduziu a probabilidade da ocorrência de períodos secos, durante o ciclo, o que repercutiu positivamente no rendimento médio, estimado para a atual safra com crescimento de 20,9%, devendo alcançar 5 859 kg/ha.

SOJA (em grão) – A produção estimada foi de 113,5 milhões de toneladas, aumento de 0,3% em relação ao mês anterior. A colheita da leguminosa encontra-se concluída na maioria das Unidades da Federação. Em relação ao ano anterior, a produção declinou 3,7%, com reduções mais expressivas na Bahia (-15,0% ou 935,4 mil toneladas), Minas Gerais (-5,0% ou 269,8 mil toneladas), São Paulo (-11,5% ou 392,1 mil toneladas), Paraná (-16,1% ou 3,1 milhões de toneladas), Mato Grosso do Sul (-11,9% ou 1,2 milhão de toneladas) e Goiás (-4,4% ou 495,3 mil toneladas). Embora o plantio tenha adiantado no presente ano agrícola, as lavouras foram prejudicadas pelas restrições de chuvas e elevadas temperaturas ao final do ciclo da cultura nessas Unidades da Federação, o que comprometeu o rendimento médio, que declinou 6,2% em nível nacional. Em contrapartida, houve aumentos relevantes nas produções do Mato Grosso (2,0% ou 642,2 mil toneladas) e do Rio Grande do Sul (5,5% ou 956,6 mil toneladas).

SORGO (grão) – A estimativa da produção alcançou 2,6 milhões de toneladas, crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior. Houve aumentos de 1,0% na área plantada e de 1,1% na área colhida, e declínio de 0,5% no rendimento médio. Em relação ao ano anterior, a produção apresenta crescimento de 15,3%, com destaques para o crescimento da produção em Goiás (20,3%), em Minas Gerais (5,0%), em São Paulo (99,3%), no Piauí (170,8%), em Tocantins (36,4%), em Mato Grosso do Sul (48,3%) e no Pará (223,2%). Houve declínios da produção em Mato Grosso (-16,3%), na Bahia (3,8%), no Distrito Federal (-20,6%), no Maranhão (-62,5%) e no Rio Grande do Sul (-7,8%). Conjuntamente, Goiás e Minas Gerais respondem por 74,8% da produção brasileira do cereal. O sorgo é muito cultivado em época de segunda safra nas áreas de Cerrado e, devido a sua maior tolerância à seca, possui uma “janela de plantio” mais estendida que o milho, nesse bioma. Como em algumas Unidades da Federação a colheita da soja foi antecipada, as lavouras de 2ª safra beneficiaram-se de um maior período de chuvas.

TRIGO (em grão) – O trigo é a principal lavoura de inverno brasileira. A área plantada foi de 2,1 milhões de hectares. Houve queda de 0,5% na produção em relação ao mês anterior, alcançando 5,2 milhões de toneladas, sendo reflexo da redução de 0,9% no rendimento médio. Em dezembro, o Rio Grande do Sul reduziu em 1,3% a produção informada no mês anterior. A produção de 2019 encontra-se 1,4% menor que a de 2018, com declínio de 26,9 mil toneladas. Em 2019, a produção paranaense foi prejudicada pelo excesso de frio, e a ocorrência de geadas, durante o inverno, pegou as lavouras em uma fase fenológica mais adiantada e, portanto, mais sensível. Em relação ao Paraná, o ciclo das lavouras gaúchas atrasa, o que, neste ano, beneficiou o desenvolvimento das lavouras. A produção gaúcha foi estimada em 2,3 milhões de toneladas, aumento de 32,2% em relação a 2018, o que torna o estado o maior produtor nacional em 2018.
Fonte: IBGE

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