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IBGE prevê safra recorde de grãos em 2020

ARROZ (em casca) – A terceira estimativa para a safra nacional de 2020 é de uma produção de 10,4 milhões de toneladas, crescimento de 0,9% em relação a 2019. O rendimento médio deve crescer 3,6%, para 6 266 kg/ha, enquanto a área plantada deve apresentar declínio de 3,4%. Em relação ao mês anterior, a estimativa da produção apresenta declínio de 0,7%, tendo a área plantada e o rendimento médio decrescido 0,1% e 0,5%, respectivamente. O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do País, deve participar com 70,5% do total a ser colhido em 2020. A produção gaúcha foi estimada em 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 1,8% em relação a 2019. A área plantada estimada de arroz apresentou declínio de 3,4%, enquanto o rendimento médio foi estimado com crescimento de 3,9%, ou 7 706 kg/ha. Santa Catarina, segundo produtor nacional, estimou uma produção de 1,1 milhão de toneladas, e um rendimento médio de 7 470 kg/ha, crescimento de 0,6% em relação à safra de 2019.

CAFÉ (em grão) – A primeira estimativa do IBGE para a safra de café foi de 3,4 milhões de toneladas, ou 56,4 milhões de sacas de 60 kg, representando um aumento de 12,9% em relação a 2019. A estimativa de produção do café arábica é de 2,5 milhões de toneladas, ou 42,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 22,1% em relação a 2019. O rendimento médio apresenta um crescimento de 16,2%, enquanto a área plantada e a área a ser colhida aumentam em 4,2% e 5,0%, respectivamente. A safra 2020 do café arábica é de bienalidade positiva, ou seja, ano em que as plantas estão recuperadas fisiologicamente, uma vez que a produção do ano anterior foi menor. Além disso, os preços do produto recuperaram-se a partir do final de 2019, o que deve incentivar os produtores a aumentarem os investimentos em tratos culturais e adubação. Até o presente momento, não se tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção de 2020. Minas Gerais, maior produtor de café arábica do país, com 74% do total nacional, estima colher 1,9 milhão de toneladas, ou 31,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 26,2% em relação a 2019. No Espírito Santo, a estimativa da produção encontra-se 33,4% maior que em 2019. A produção capixaba deve alcançar 202,0 mil toneladas, ou 3,4 milhões de sacas de 60 kg.

Para o café canephora (conillon), a estimativa da produção encontra-se em 852,0 mil toneladas, ou 14,2 milhões de toneladas, retração de 7,7% em relação a 2019. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro com participação de 66,3% do total, a produção estimada foi de 564,5 mil toneladas, ou 9,4 milhões de sacas de 60 kg, retração de 11,4%. Em Rondônia, a produção estimada foi de 150,9 mil toneladas, ou 2,5 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,1%. Na Bahia, outro importante produtor desse tipo de café, a estimativa da produção encontra-se em 106,6 mil toneladas, ou 1,8 milhão de sacas de 60 kg. O café conillon passou o ano de 2019 sendo comercializado por um valor relativamente baixo, não tendo retornando boa rentabilidade para os produtores. Dessa forma, a menos que haja recuperação dos preços nos próximos meses, não se aguarda aumento nos investimentos em tratos culturais e adubação, o que pode comprometer o rendimento das lavouras ao longo do ano.

FEIJÃO (em grão) – A terceira estimativa da produção de feijão para a safra 2020 é de 3,0 milhões de toneladas, declínio de 2,8% em relação à safra colhida em 2019. A 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a 2ª safra uma produção de 1,2 milhão de toneladas e a 3ª safra, 468,0 mil toneladas. A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve alcançar 1,6 milhão de hectares, crescimento de 2,1% em relação a 2019, enquanto que o rendimento médio, de 852 kg/ha, deve apresentar um aumento de 1,2%.

MILHO (em grão) – O terceiro prognóstico de milho em grão para 2020 estima uma produção de 93,3 milhões de toneladas, declínio de 7,2% em relação à safra 2019, o que representa uma redução de 7,3 milhões de toneladas. Mantém-se a tendência de um maior volume de produção do milho em 2ª safra, devendo esta safra participar com 71,7% da produção nacional para 2020, contra 28,3% de participação da 1ª safra de milho. Para a 1ª safra de milho, a previsão é de 26,5 milhões de toneladas, 1,8% maior em relação ao mesmo período de 2019. Aguarda-se crescimento de 0,5% na área a ser plantada, crescimento de 1,9% na área a ser colhida e retração de 0,1% no rendimento médio. Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 66,8 milhões de toneladas, declínio de 10,4% em relação a 2019.

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