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Em 2018, sindicalização cai em todas as categorias e atividades e atinge o menor patamar em sete anos

Setor público tem a maior sindicalização, mas taxa cai

A maior taxa de sindicalização em 2018 ocorreu entre empregados no setor público (25,7%). Esse grupo representava 12,0% da população ocupada. Em seguida, estavam os empregados no setor privado com carteira assinada (16,0%), que tiveram a maior participação na população ocupada em 2018 (36,6%). A taxa de sindicalização dos trabalhadores por conta própria caiu de 8,6% para 7,6%. Esse grupo representa a segunda maior participação na população ocupada (25,4%).

Os empregados sem carteira no setor privado, que representam 12% da população ocupada, tiveram uma das menores taxas de sindicalização, caindo de 5,1% em 2017 para 4,5% em 2018. A menor estimativa foi a dos empregados domésticos, que passou de 3,1% em 2017 para 2,8% em 2018.

Em relação à série histórica, a maior queda da sindicalização ocorreu entre os empregadores, cuja taxa passou de 18,6%, em 2012, para 12,3% em 2018, (-6,3 p.p.). Em seguida, a taxa dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada caiu de 20,9% em 2012, para 16% em 2018, (-4,9 p.p.); e os trabalhadores por conta própria tiveram queda de 11,3% em 2012 para 7,6% em 2018 (-3,7 p.p.).

Taxa de sindicalização da Indústria cai de 21,1% para 15,2% em seis anos

Em 2018, por grupamentos de atividade, Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tinha a maior taxa de sindicalização (22,0%). Em seguida, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, possuía taxas de sindicalização de 19,1%.

Na Indústria geral, 15,2% dos seus ocupados eram associados a sindicato, queda de 2,1 p.p. em relação à 2017 (17,1%). A atividade de Transporte, armazenagem e correio, com 5,1% do total de ocupados, apresentou taxa de sindicalização de 13,5%, queda de 4 p.p. O Comercio, reparação de veículos automotores e motocicletas, teve taxa de sindicalização (8,1%) inferior à taxa da população ocupada total (12,5%).

Sindicalização cai mais entre os trabalhadores de nível superior

Em 2018, o menor percentual de sindicalizados estava entre os trabalhadores com Ensino fundamental completo e médio incompleto (8,1%), enquanto que o maior ocorreu entre os ocupados com nível Superior completo (20,3%). Na comparação com 2017, houve queda dos sindicalizados em todos os níveis de instrução, sendo a mais acentuada entre os ocupados de nível Superior completo, que passou de 24,2% em 2017 para 20,3% em 2018.

Em relação a 2012, apesar do crescimento de ocupados com Ensino médio completo e Superior incompleto, o percentual de sindicalizados nesse nível de instrução passou de 16,3% em 2012 para 11,5% em 2018. Com participação crescente, o número de trabalhadores com ensino Superior completo passou de 14,4% do total de ocupados em 2012 para 19,9% em 2018. Mas o percentual de sindicalização desse grupo caiu de 28,4%, em 2012, para 20,3% em 2018 – correspondendo a queda de 8,1 pontos percentuais.

Registro no CNPJ volta a crescer, mas cobertura entre empregadores ainda é quatro vezes maior do que entre os conta própria

Em 2018, 19,4% dos ocupados como conta própria possuíam CNPJ, a maior estimativa da série; entre os empregadores essa cobertura era de 79,4%.

Tanto entre os trabalhadores por conta própria (4,8%) quanto entre os empregadores (37,6%), a atividade da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou a menor cobertura de CNPJ em 2018. Por outro lado, o Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas alcançou o maior percentual para ambos os casos (28,0% e 88,5%, respectivamente).

Considerando conjuntamente trabalhador por conta própria e empregadores, a taxa de cobertura de CNPJ foi maior no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (42,7%); enquanto nos Serviços era de 34,7%. Apenas a Indústria geral não apresentou expansão da cobertura de CNPJ, caindo de 27,1% para 26,8%. Na Construção, o indicador passou de 12,4% (2017) para 13,6% (2018) e na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura houve o principal crescimento: de 6,1% para 7,6%.

Em relação à série histórica, a partir de 2012, cresceu o percentual de ocupados como empregador ou trabalhador por conta própria que estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, atingindo 29,0% em 2016. Em 2017, recuou para 28,1%, voltando a crescer em 2018 (29,0%) e retornando ao mesmo valor de 2016 (29,0%).

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