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Em 2017, PIB cresce 1,3% e chega a R$ 6,583 trilhões

Consumo das famílias cresceu 2,1%

Em 2017 as despesas de consumo final tiveram um crescimento em volume de 1,3%. O consumo das famílias, que possui o maior peso na demanda final, representando 63,1% do PIB, cresceu 2,1%, depois de 2 anos consecutivos de queda (-3,8% e -3,2%, respectivamente). O patamar reduzido de consumo resultou também em uma variação de apenas 3,3% no preço dos bens e serviços consumidos pelas famílias em 2017, a menor variação observada desde o ano 2000. Já a despesa de consumo final do governo, que engloba as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, caiu 0,7% em 2017.

Ao contrário do que ocorreu em 2016, a maior parte dos grupos de produtos que compõem as despesas do consumo final das famílias tiveram variações positivas em 2017. Dentre os grupos de produtos que tiveram maior contribuição para o aumento no consumo das famílias destacam-se os artigos de residência (+7,3%), a comunicação (+3,9%) e alimentação e bebidas (+3,3%).

Formação Bruta de Capital Fixo recuou 2,6% e soma R$ 959 bilhões

A formação bruta de capital fixo – FBCF da economia brasileira somou R$ 959 bilhões em 2017. Sua variação em volume foi de -2,6%, com uma queda menor do que a de 2016 (-12,1%). Ainda assim, a taxa de investimento (FBCF/PIB) observada em 2017 (14,6%), é a menor da série iniciada em 1995.

A Construção foi o único dos componentes da FBCF com retração de volume em 2017 (-8,7%). Ao contrário de 2016, todos os demais componentes tiveram variação positiva: Máquinas e equipamentos (5,2%), Produtos de propriedade intelectual (3,4%) e Outros ativos fixos (0,7%).

Em 2017 a contribuição do saldo externo para o PIB foi negativa (-0,2 ponto percentual). As exportações de bens e serviços cresceram 4,9% em volume, menos que as importações que, após três anos de queda, registraram crescimento de 6,7%.

Necessidade de financiamento da economia nacional recuou 31,1%

A necessidade líquida de financiamento da economia brasileira em 2017 foi de R$ 67,4 bilhões, registrando uma queda nominal de 31,1% em relação ao ano anterior (R$ 97,8 bilhões). Essa melhora foi influenciada basicamente pelo desempenho do comércio exterior e pelo recuo das rendas líquidas de propriedades enviadas ao resto do mundo. O saldo externo de bens e serviços foi de R$ 47,3 bilhões, com incremento nominal de 88,8% (R$ 22,2 bilhões). Já o envio líquido de rendas de propriedade recuou R$ 134,0 bilhões em 2017, contribuindo com R$ 10,0 bilhões na redução da necessidade de financiamento do país.  

O setor empresas não financeiras apresentou capacidade de financiamento em 2017 (R$ 5,0 bilhões).  Em ambientes macroeconômicos desfavoráveis é normal que empresas não financeiras promovam fortes ajustes, principalmente no consumo intermediário e investimentos, reduzindo sua necessidade de financiamento. No entanto, mesmo em cenários adversos, é raro não ocorrer necessidade de financiamento no setor. No triênio 2015-2017 a capacidade acumulada das empresas não financeiras foi de R$ 52,5 bilhões.

A produção dos serviços de intermediação financeira indiretamente medidos (SIFIM) – serviços ligados a concessão de crédito – das empresas financeiras teve queda nominal de 4,3% em relação a 2016. Por outro lado, houve um aumento de 4,4% na produção de serviços financeiros diretamente medidos – serviços associados ao pagamento de tarifas etc, compensando em parte o menor volume de crédito. A conjugação desses dois fatores contribuiu para o crescimento moderado do VAB do setor institucional empresas financeiras.

A produção do setor governo, avaliada pelos seus custos de produção, atingiu R$ 1,3 trilhão em 2017. O consumo intermediário apresentou queda de 2,0% nominal em relação ao ano anterior, chegando a R$ 341,0 bilhões, enquanto o Valor Adicionado Bruto foi de R$ 1.001,0 bilhões, o que representou 5,9% de crescimento nominal em relação a 2016. Com esta elevação, a participação do setor no valor adicionado bruto total da economia alcançou 17,7%, acima dos 17,4% em 2016.

Em relação aos usos, mantendo a tendência de queda dos últimos dois anos, a formação bruta de capital fixo do governo geral passou de R$ 121,2 bilhões em 2016 para R$ 109,2 bilhões em 2017, registrando um decréscimo, em termos nominais, de cerca de 9,9%. Este movimento foi influenciado especialmente pela queda dos investimentos na esfera municipal. A despesa de consumo final do governo cresceu 3,9% em termos nominais.

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