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Em 2017, PIB cresce 1,3% e chega a R$ 6,583 trilhões

A Indústria teve sua quarta queda anual consecutiva (-0,5%). No entanto, dos grupos de atividades que compõem a Indústria, as Indústrias extrativas, Indústrias de transformação e Eletricidade e gás apresentaram crescimento em 2017, sendo a queda do conjunto da Indústria explicada unicamente pelo recuo de 9,2% no VAB da atividade Construção.

A Indústria de Transformação cresceu 2,3% no ano, interrompendo uma série de três anos consecutivos de queda. As atividades que mais contribuíram para esse crescimento da Indústria de transformação foram a Fabricação de equipamentos de informática e a Fabricação de automóveis que registraram elevação em volume de 23,3% e 18,5%, respectivamente. Apesar do crescimento observado no ano de 2017, em termos de volume do Valor Adicionado Bruto, a Indústria de transformação ainda se encontrava num nível 15,0% abaixo do seu patamar máximo, observado no ano de 2013.

Em 2017, os únicos grupos de atividades da economia em que o valor adicionado bruto recuou foram Construção (-9,2%) e Atividade financeira e seguros (-1,1%). A atividade Construção mantém desde 2014 uma série de resultados negativos, que resultaram em uma queda acumulada de 27,3% no volume do Valor Adicionado Bruto da atividade, além da perda de aproximadamente um terço de sua participação no PIB (6,4% em 2013, contra 4,3% em 2017). Pelo lado dos usos, o principal responsável por essa redução da produção da atividade foi a queda dos investimentos, observada em todos os segmentos da Construção. Em 2017 os investimentos em Edificações caíram 8,3%, em Obras de infraestrutura se reduziram 11,8% e em Serviços especializados da construção recuaram 7,2%.

As atividades de Serviços, por sua vez, cresceram 0,8%. Dentro desse grupo de atividades, a maior contribuição para o crescimento do VAB veio da atividade Comércio que, após dois anos seguidos de quedas, registrou crescimento de 2,3% e contribuiu com 0,3 ponto percentual para o crescimento de 1,3% do Valor Adicionado Bruto da economia. O aumento do consumo das famílias de produtos como telefones celulares (+13,0%), aparelhos de TV, rádio e som (+17,7%), eletrodomésticos (+10,6%) e computadores e periféricos (+15,8%) em relação aos níveis deprimidos de 2016 tiveram contribuição relevante no desempenho do Comércio.

Grupos de atividades Participação no valor adicionado bruto a preços básicos (%)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
  Total  100,0  100,0  100,0  100,0  100,0  100,0   100,0   100,0
01 Agropecuária   4,8   5,1   4,9   5,3   5,0   5,0   5,7   5,3
  Indústria   27,4   27,2   26,0   24,9   23,8   22,5   21,2   21,1
02 Indústrias extrativas   3,3   4,4   4,5   4,2   3,7   2,1   1,0   1,6
03 Indústrias de transformação   15,0   13,9   12,6   12,3   12,0   12,2   12,5   12,4
04 Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos   2,8   2,7   2,4   2,0   1,9   2,4   2,7   2,8
05 Construção   6,3   6,3   6,5   6,4   6,2   5,7   5,1   4,3
  Serviços   67,8   67,7   69,1   69,9   71,2   72,5   73,1   73,5
06 Comércio   12,6   12,9   13,4   13,5   13,6   13,3   12,9   13,2
07 Transporte, armazenagem e correio   4,3   4,4   4,5   4,5   4,6   4,4   4,4   4,3
08 Informação e comunicação   3,8   3,7   3,6   3,5   3,4   3,4   3,3   3,4
09 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados   6,8   6,4   6,4   6,0   6,4   7,1   7,9   7,6
10 Atividades imobiliárias   8,3   8,4   8,8   9,2   9,3   9,7   9,7   9,8
11 Outras atividades de serviços   15,7   15,9   16,5   16,9   17,4   17,4   17,5   17,6
12 Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social   16,3   16,1   15,9   16,4   16,4   17,2   17,4   17,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

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