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Contas Regionais 2017: apenas Rio de Janeiro, Sergipe e Paraíba tiveram queda de volume no PIB

Apesar do ganho de 0,1 p.p. de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul teve perda equivalente, mantendo o Sul em estabilidade. Já o Norte e Nordeste ganharam 0,2 p.p. cada, sendo as participações de 2017 as maiores da série analisada: 5,6% e 14,5%, respectivamente.

A perda de 0,3 p.p. de São Paulo é explicada, principalmente, pela Atividade financeira, seguros e serviços relacionados, em virtude de sua redução na participação das operações de crédito e de depósitos do País. A Construção também influenciou no desempenho relativo de São Paulo, uma vez que a atividade reduziu seu peso no total da economia brasileira entre 2016 e 2017 em 0,8 p.p., e o estado participa com cerca de 30% desta atividade.

A Agropecuária teve a principal influência nas perdas de participação do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, em virtude da redução dos preços de seus principais produtos em 2017: milho, soja e arroz e ainda, em Mato Grosso, algodão herbáceo.

Também contribuíram para a perda de participação do Rio Grande do Sul as reduções dos segmentos de refino de petróleo e coque e da fabricação de produtos químicos orgânicos e inorgânicos em Indústrias de transformação, não compensados pelo ganho de participação da fabricação de máquinas e equipamentos, além da atividade de Construção. Já em Mato Grosso, a perda de participação também foi motivada pela queda da fabricação de produtos alimentícios em Indústrias de transformação.

A perda de 0,1 p.p. de participação observada no Distrito Federal está relacionada à redução da participação nos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, efeito da queda da arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF, já que o Distrito Federal manteve a participação no total do valor adicionado bruto do Brasil.

Extração de minério de ferro e Belo Monte ajudam Pará a subir no ranking de participação no PIB

As Unidades da Federação que avançaram na participação foram Pará (0,2 p.p.), Santa Catarina (0,1 p.p.), Pernambuco (0,1 p.p.), Minas Gerais (0,1 p.p.) e Rondônia (0,1 p.p).

O ganho de 0,2 p.p. de participação do Pará garantiu o avanço da 12ª para a 11ª posição relativa, posição ocupada pelo Ceará em 2016. O resultado do Pará ocorreu em virtude do ganho de Indústrias extrativas (0,7 p.p.), em especial a extração e pelotização de minério de ferro, que se beneficiou com a elevação do preço do minério de ferro de 12,3% em reais, entre 2016 e 2017, associado ao aumento de produção com a entrada em operação do Complexo S11D no final do ano de 2016. Também contribuiu para o desempenho do Pará o ganho de 2,9 p.p. de participação na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, já que, ao longo de 2017, o estado aumentou a produção a partir do aumento de número de turbinas em operação na Usina Belo Monte.

Santa Catarina, que tinha perdido a 6ª posição relativa para Bahia em 2016, volta a ser o 6º maior PIB em 2017, posição que ocupava desde 2011. O ganho de participação de Santa Catarina está relacionado ao avanço de 0,5 p.p. nas Indústrias de transformação, principalmente na metalurgia, fabricação de produtos de madeira, exceto móveis e ainda ao aumento da participação no total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos do País.

O avanço de Pernambuco (0,1 p.p.) é explicado pelas Indústrias de transformação, impulsionado pelo segmento de fabricação de automóveis, camionetas e utilitários, sendo que em 2017 o estado já respondia por quase 30% deste segmento.

O aumento de participação de Minas Gerais, por sua vez, está relacionado principalmente a Indústrias extrativas que, assim como o Pará, se beneficiou com a elevação do preço do minério de ferro em 2017. O estado avançou 0,4 p.p. no País na atividade Indústrias de transformação, devido à fabricação de produtos alimentícios e à metalurgia.

Rondônia, com ganho de 0,1 p.p. entre 2016 e 2017, avançou em função de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação devido ao aumento de produção das usinas de Santo Antônio e de Jirau em 2017, as duas hidrelétricas estiveram entre as cinco maiores geradoras do País.

Mesmo com perda de participação, Sudeste ainda concentra mais da metade do PIB

Apesar de apresentar sua menor participação da série, em 2017 o Sudeste continuou concentrando mais da metade do PIB nacional, 52,9%.

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