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Contas Regionais 2017: apenas Rio de Janeiro, Sergipe e Paraíba tiveram queda de volume no PIB

Rio de Janeiro, Sergipe e Paraíba são os últimos do ranking de variação de volume do PIB

Após dois anos consecutivos de queda, 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%), o PIB do Brasil voltou a crescer em volume: 1,3% em 2017 na comparação com 2016. Entre as unidades da Federação, apenas Rio de Janeiro (-1,6%), Sergipe (-1,1%) e Paraíba (-0,1%) tiveram variações negativas.

Das outras 24 unidades da Federação, apenas Roraima e Distrito Federal não tinham apresentado queda de volume em 2016, ou seja, houve aumento de volume após dois anos de queda em 22 estados.

O Rio de Janeiro foi o único estado a ter variações negativas na Agropecuária (-2,0%), além da Indústria (-3,1%) e dos Serviços (-1,5%) e foi fortemente afetado pelos desempenhos das atividades: Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-8,2%), Construção (-14,8%), Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,5%) e Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (-0,7%), que, juntas, somavam 48,5% de sua economia em 2016.

Já Sergipe e Paraíba devem grande parte de seus resultados negativos à retração da Indústria, em função do setor de Construção, com resultados de -13,2% e -11,2%, respectivamente. Além disso, houve redução na produção de energia elétrica pela usina de Xingó em Sergipe e das Indústrias de transformação na Paraíba.

Na 24ª posição, a Bahia apresentou estabilidade (0,0%), com a queda da Indústria (-2,9%) sendo compensada pelos crescimentos da Agropecuária (7,1%) e dos Serviços (0,2%).

São Paulo, a maior economia do País, ficou em 22º lugar, com variação de 0,3% em 2017. Os principais resultados negativos para o estado foram da Construção (-8,5%), Atividade financeira, seguros e serviços relacionados (-3,3%) e Serviços de Informação e comunicação (-1,4%). O desempenho na Construção seguiu o panorama nacional (-9,2%), e desde 2014 o estado acumulou queda de 23,4%. Já no caso da atividade financeira, o desempenho em volume está relacionado à redução das operações de crédito, pelo segundo ano consecutivo, somado à redução da taxa Selic, uma vez que São Paulo é responsável por mais de 50% da atividade financeira brasileira.

Agropecuária impulsiona crescimento do PIB de 10 dos 18 estados com maior volume

Em 10 das 18 Unidades da Federação com variação em volume do PIB superior à do Brasil, o desempenho da Agropecuária foi determinante, especialmente da Agricultura, inclusive apoio à agricultura e à pós-colheita, que em 2016 foi afetada por condições climáticas desfavoráveis.

Assim, os quatro maiores resultados em volume (Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Maranhão) tiveram as maiores influências da Agropecuária, sobretudo os cultivos de milho, algodão e soja, e ainda na produção de leite em Rondônia. Apenas Mato Grosso e Rondônia apresentaram crescimento em volume na Indústria (2,0% e 8,1%, respectivamente), muito influenciado pelo aumento de produção de energia elétrica das usinas Teles Pires em Mato Grosso e Santo Antônio e Jirau em Rondônia. Já Piauí e Maranhão tiveram recuos de 3,8% e 3,5% no setor industrial, respectivamente, por influência da Construção: -9,8% e -10,2%.

Já nos Serviços os quatro estados com os maiores resultados apresentaram crescimento em volume: Mato Grosso, 3,2%; Piauí, 2,0%; Rondônia, 1,6%; e Maranhão, 4,1%. O resultado de 4,9%, 3,0% e 6,2% do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas foi determinante para Mato Grosso, Rondônia e Maranhão. Já no Piauí, a atividade de Alojamento e alimentação apresentou o maior crescimento, 10,2%.

Amazonas, na quinta posição relativa à variação em volume do PIB em 2017, teve seu resultado influenciado pelo desempenho das Indústrias de transformação (11,2%), relacionado à fabricação de equipamentos de informática, e do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (7,5%), que representavam juntos 38,5% de sua economia em 2016.

Entre as 18 Unidades da Federação com variação em volume do PIB superior ao Brasil, as nove federações com variação em volume negativo na Indústria tiveram seus resultados fortemente influenciados pelo desempenho da Construção em 2017, acompanhando o panorama nacional.

São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal perdem participação no PIB

Entre 2016 e 2017, o Sudeste e o Centro-Oeste perderam participação no PIB nacional. A perda de participação de São Paulo (-0,3 ponto percentual) puxou a queda da região. Já no Centro-Oeste, Mato Grosso e Distrito Federal perderam, cada um, 0,1 p.p. Minas Gerais teve ganho de 0,1 p.p., enquanto os demais estados mantiveram seus pesos.

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