Contas Regionais 2016: entre as 27 unidades da federação, somente Roraima teve crescimento do PIB
Apenas Roraima (0,2%) teve resultado positivo no PIB em 2016. O Distrito Federal registrou estabilidade (0,0%) e os outros 25 estados tiveram quedas no PIB, sendo que em 10 deles a variação ficou acima da média nacional (-3,3%). Estes 12 estados representaram 68,3% do PIB brasileiro em 2016. As maiores quedas foram de Amazonas (-6,8%), Mato Grosso e Piauí, ambos com -6,3%.
Apenas cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) concentraram 64,4% do PIB do país em 2016. Este mesmo grupo tinha 68,1% de participação em 2002, ano de início da série. Entre 2002 e 2016, os maiores crescimentos acumulados são de Tocantins (103,4%, 5,2% a.a. em média), Mato Grosso (89,1%, 4,7% a.a.), Roraima (79,5%, 4,3% a.a.), Acre (76,8%, 4,2% a.a.) e Piauí (72,7%, 4,0% a.a.). Por outro lado, os piores desempenhos ficam com Minas Gerais (34,1%, 2,1% a.a.), Rio Grande Sul (27,6%, 1,8% a.a.) e o Rio de Janeiro (25,3%, 1,6% a.a.).
O maior PIB per capita (R$ 79.099,77) foi o do Distrito Federal, e o Maranhão teve o menor (R$ 12.264,28). O DF mantém essa posição desde o começo da série e o seu PIB per capita é 2,6 vezes o do Brasil. São Paulo ganhou participação no PIB pelo segundo ano consecutivo, 0,2 p.p. em relação a 2015 e 0,3 p.p. em relação a 2014, algo inédito na série. Ainda assim é o estado com a maior perda acumulada neste aspecto entre 2002 e 2016: 2,4 p.p., em 2002 participava com 34,9% e passa para os 32,5% em 2016.
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil teve queda no volume do PIB: de 3,3% em 2016, contra 3,5% em 2015. Entre 2014 e 2016, o país acumulou redução de 6,7% no PIB. Essas são algumas informações do Sistema de Contas Regionais 2016, elaboradas em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. O material de apoio desta divulgação encontra-se à direita.
Roraima foi o único estado que teve crescimento em volume do PIB (0,2%)
Em 2016, o PIB nacional variou em volume -3,3%, com quedas em quase todas as unidades federativas, com exceção de Roraima (0,2%) e Distrito federal (0,0%). Os resultados mostraram também, pelo segundo ano consecutivo, queda para a atividade Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-6,7%), atividade importante em todas as unidades da federação, que influenciou negativamente seus resultados. A atividade da Agropecuária que teve queda em 2016 (-5,2%), primeira queda em três anos, foi também responsável pelas variações em volume negativas, principalmente nos estados em que a atividade é relevante. Os resultados de Roraima e Distrito Federal devem-se ao peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente, nestas Unidades da Federação.
Alagoas (-1,4%), Minas Gerais e Santa Catarina (-2,0%), além do Acre (-2,4%), também tiveram desempenhos melhores que o nacional (-3,3%). Por outro lado, o menor resultado foi do Amazonas (-6,8%), influenciado pelo baixo desempenho das Indústrias de transformação (–11,9%), que têm peso de 27% na economia do estado. Também entre os menores resultados estão Piauí (-6,3%), Mato Grosso (-6,3%), Bahia (-6,2%), com contribuição importante da Agricultura. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), condições climáticas adversas afetaram o desempenho de importantes culturas, como o milho e a soja, cujas produções recuaram 24,8% e 1,1%, respectivamente.
Valor corrente, participação percentual, posição relativa e variação em volume do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil – 2016 | ||||
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Unidades da Federação | Produto Interno Bruto | |||
Valor corrente (R$ 1 000 000) |
Participação (%) |
Posição relativa da variação em volume | Variação em volume (%) |
|
Roraima | 11 011 | 0,2 | 1º | 0,2 |
Distrito Federal | 235 497 | 3,8 | 2º | 0,0 |
Alagoas | 49 456 | 0,8 | 3º | – 1,4 |
Minas Gerais | 544 634 | 8,7 | 4º | – 2,0 |
Santa Catarina | 256 661 | 4,1 | 5º | – 2,0 |
Acre | 13 751 | 0,2 | 6º | – 2,4 |
Rio Grande do Sul | 408 645 | 6,5 | 7º | – 2,4 |
Paraná | 401 662 | 6,4 | 8º | – 2,6 |
Mato Grosso do Sul | 91 866 | 1,5 | 9º | – 2,7 |
Pernambuco | 167 290 | 2,7 | 10º | – 2,9 |
São Paulo | 2 038 005 | 32,5 | 11º | – 3,1 |
Paraíba | 59 089 | 0,9 | 12º | – 3,1 |
12 Unidades da Federação com variação em volume acima do Brasil | 4 277 568 | 68,3 | – 2,6 | |
Brasil | 6 267 205 | – 3,3 | ||
15 Unidades da Federação com variação em volume abaixo do Brasil | 1 989 637 | 31,7 | – 4,9 | |
Goiás | 181 692 | 2,9 | 13º | – 3,5 |
Pará | 138 068 | 2,2 | 14º | – 4,0 |
Rio Grande do Norte | 59 661 | 1,0 | 15º | – 4,0 |
Ceará | 138 379 | 2,2 | 16º | – 4,1 |
Tocantins | 31 576 | 0,5 | 17º | – 4,1 |
Rondônia | 39 451 | 0,6 | 18º | – 4,2 |
Rio de Janeiro | 640 186 | 10,2 | 19º | – 4,4 |
Amapá | 14 339 | 0,2 | 20º | – 4,9 |
Sergipe | 38 867 | 0,6 | 21º | – 5,2 |
Espírito Santo | 109 227 | 1,7 | 22º | – 5,3 |
Maranhão | 85 286 | 1,4 | 23º | – 5,6 |
Bahia | 258 649 | 4,1 | 24º | – 6,2 |
Mato Grosso | 123 834 | 2,0 | 25º | – 6,3 |
Piauí | 41 406 | 0,7 | 26º | – 6,3 |
Amazonas | 89 017 | 1,4 | 27º | – 6,8 |
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. |