Economia

Ação da Embraer salta 11% e aéreas também disparam; Vale cai e Petrobras sobe 2% com investidores de olho na Opep+

Segundo informações publicadas na quarta pelo Valor, a Seara, da JBS, pretende ultrapassar a BRF, com investimentos em torno de R$ 8 bilhões para dobrar sua operação em 2024. A BRF realiza seu dia do investidor em 8 de dezembro, e deve anunciar suas pretensões para o período que se estende até 2030, em que se espera que o foco mude de reestruturação para crescimento.

O Bradesco BBI espera que a BRF forneça, na semana que vem, mais informações sobre possíveis planos de expansão, tornando possível avaliar o potencial aumento de receita com os projetos. O modelo atual do banco para a empresa não inclui planos de expansão para além de 2021.

Gol (GOLL4, R$ 27,36, +8,79%)

A Gol informou à Bloomberg que prevê retomar voos comerciais com 737 Max em 10 de dezembro. A própria Boeing havia informado a revogação pela Anac da medida que suspendeu as operações comerciais da aeronave. A Gol não informou qual será o roteiro em que adotará o 737 Max.

Localiza (RENT3, R$ 68,09, +3,84%), Movida (MOVI3, R$ 21,10, +6,14%) e Unidas (LCAM3, R$ 28,16, +5,71%)

O jornal Valor reportou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir sobre os créditos fiscais relativos a PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). É possível que a corte permita que empresas de aluguel de carro se beneficiem integralmente dos créditos. O Bradesco BBI diz que as empresas devem continuar a se beneficiar da consolidação da indústria de locação de carros. Os analistas mantêm recomendação outperform para a Movida com base na perspectiva de avaliação, e a previsão de expansão da frota em 20%.

Além disso, Localiza e Unidas anunciaram planos de fusão, o que, na avaliação do Bradesco BBI, pode levar a sinergias de até R$ 20 bilhões. O Bradesco BBI avalia que uma decisão favorável do STJ poderia levar à elevação do preço-alvo dos papéis de Localiza, em R$ 13,40, Movida, em R$ 11,20 e Unidas, em R$ 7,80.

Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 26,94, +1,28%)

A elétrica Isa Cteep anunciou ter celebrado acordo para a aquisição da transmissora de energia Piratininga-Bandeirantes, em negócio de R$ 1,594 bilhão, de acordo com fato relevante.

A transação, que foi fechada com os fundos de investimento Wire e Kavom, prevê a compra por via direta e indireta da totalidade das ações da Piratininga-Bandeirantes. A operação indireta, segundo a Cteep, ocorrerá por meio da aquisição da totalidade das ações de sua controladora, a SF Energia.

O Bradesco BBI avalia a aquisição como pequena, mas positiva. O banco espera que a empresa ganhe R$ 200 milhões em NPV (sigla em inglês para valor presente líquido), o equivalente a 1,2% do mercado. Devido à localização da PBTE, o banco espera que a CTEEP seja capaz de operar o ativo com poucos investimentos operacionais, de cerca de 97% da margem Ebitda, segundo previsão do Bradesco.

O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 32, frente os R$ 26,60 pagos pela ação da CTEEP na véspera.

Randon (RAPT4, R$ 14,55, -1,69%)

A Randon realiza nesta quinta-feira o seu dia do investidor anual. O Bradesco BBI diz avaliar que a empresa está no caminho certo para manter posição de liderança em termos de portfólio de produtos e eficiência, devido a investimentos em novos produtos, produtividade e fusões e aquisições.

Além disso, o banco diz acreditar que a empresa está em posição para ampliar sua participação no mercado em 2021. O banco também avalia como positiva a intenção da empresa de ampliar suas receitas com serviços, que poderia levar a margens consolidadas maiores.

O banco mantém recomendação outperform para a empresa em 2021, com preço-alvo em R$16, frente os R$ 14,80 da véspera.

Rumo SA (RAIL3, R$ 20,25, +1,25%)

Na quarta-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou que sua pasta prepara um programa com medidas legais e administrativas para atrair a iniciativa privada e incrementar a navegação por hidrovias.

Apelidado provisoriamente de BR dos Rios, o projeto deve ficar pronto no início de 2021, visando atrair investimentos e ampliar a participação das hidrovias no transporte de cargas no Brasil. A navegação fluvial movimenta 5% das cargas no Brasil atualmente. A ideia é ampliar esse patamar para 8% até 2035.

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