Economia

Ação da Embraer salta 11% e aéreas também disparam; Vale cai e Petrobras sobe 2% com investidores de olho na Opep+

Já no radar da Petrobras, o BofA elevou o preço-alvo para o ADR da empresa de US$ 14 para US$ 15,50 de forma a refletir a melhor perspectiva de lucros para a companhia no longo prazo.

Também entre as maiores altas, ficou o Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 71,64, +7,29%). O Citi manteve recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 100 para R$ 105, apontando a reestruturação do grupo e potencial com altas nas vendas como catalisadores positivos para o papel.

Por outro lado, Ambev (ABEV3, R$ 14,70, -1,21%) chegou a ter a maior queda do Ibovespa, de até 3%, após o Morgan Stanley reduzir a recomendação das ações para underweight (exposição abaixo da média do mercado), mas diminuiu as perdas.

Já os papéis que andaram muito no ano e que são impactados com a queda do dólar, que recuou 1,94%, a R$ 5,14, caso de Suzano (SUZB3, R$ 51,98, -4,76%), Klabin (KLBN11, R$ 24,05, -3,22%) e siderúrgicas. Vale destacar que a baixa do dólar também beneficia as aéreas, que têm boa parte de sua dívida atrelada à moeda americana.

Ainda sobre Suzano, a Votorantim S.A. vendeu ontem no mercado participação na companhia, elevando a pressão sobre os papéis. O grupo levantou cerca de R$ 1,4 bilhão com a venda de um lote de 25 milhões de ações da fabricante na B3, ao preço de R$ 55,71.Confira mais destaques:

Petrobras (PETR3, R$ 27,20, +2,03%; PETR4, R$ 26,64, +2,82%)

A Petrobras informou que recebeu propostas vinculantes para quatro refinarias: Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

Sobre as refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, a petrolífera disse que espera receber propostas vinculantes no dia 10 de dezembro.

Já o recebimento de propostas vinculantes para as refinarias Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2021.

A Petrobras esclarece que a sistemática de desinvestimentos prevê somente a divulgação ao mercado das seguintes etapas do processo: teaser, início da fase não vinculante, início da fase vinculante, celebração de acordo de exclusividade (quando aplicável), signinge closing.

A estatal ressalta, porém, que a divulgação das propostas faz parte de seu compromisso com a transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio.

Ainda em destaque, o Itaú BBA comentou o dia do investidor da Petrobras, realizado na segunda-feira (30), e avaliou que não houve mudanças significativas na retórica da empresa sobre as metas estabelecidas nos últimos anos para o período entre 2021 e 2025.

Mas destacou que a empresa estima que sua produção de petróleo se mantenha em 2,3 milhões de barris por dia nos próximos anos, levando em conta os desinvestimentos. O plano de investimentos tem valor de US$ 55 bilhões, dos quais 85% devem ser investimentos em atividades de exploração, perfuração e extração. O banco manteve a avaliação dos papéis da empresa em outperform, e atualizou suas estimativas do preço-alvo da Petrobras para R$ 35, frente os R$ 25,91 atuais.

Ultrapar (UGPA3, R$ 21,25, +2,11%)

O Bradesco BBI afirma que o leilão das refinarias Refap (Refinaria Alberto Pasqualini) e Repar (Refinaria Paraná), da Petrobras, pode impulsionar o aumento das ações da Ultrapar no primeiro trimestre de 2021, à medida que a empresa pode se tornar uma das principais ofertantes.

Segundo informações repercutidas na imprensa, espera-se que as ofertas vencedoras sejam anunciadas em 10 de dezembro, e a Ultrapar deve ser capaz de comprar a Refap. O banco avalia que a variação do preço das ações da Ultrapar deve responder, no curto prazo, ao preço pago no negócio e, no longo prazo, do desempenho operacional da empresa, com potencial de otimizações comerciais e de custos.

O banco diz avaliar que a finalização da transação não deve ocorrer antes de 6 ou 12 meses, por isso foca sua análise nos resultados de curto prazo. O banco avalia que o patamar da compra da Refap deve ser de cerca de US$ 2 bilhões.

Qualquer preço abaixo disso deve ser interpretado pelo mercado como positivo, em um primeiro momento. E acima disso, potencialmente negativo, a depender do que a empresa tiver a dizer sobre o potencial de criação de valor com sinergias e otimizações. O banco mantém avaliação de outperform para a empresa, com preço-alvo de R$ 23, frente os R$ 20,82 atuais.

Qualicorp (QUAL3, R$ 35,26, +4,23%)

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