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Produção industrial varia -0,6% em junho

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral mostrou variação de -0,1% no trimestre encerrado em junho de 2019 e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-0,2%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) apontaram as taxas negativas. Bens intermediários registrou o quinto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 3,4%; e bens de consumo semi e não-duráveis voltou a recuar após crescer em abril (0,8%) e maio (0,1%).

Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (1,1%) e de bens de consumo duráveis (0,2%) assinalaram os avanços de junho de 2019. Bens de capital marcou o quarto mês seguido de crescimento, acumulando expansão de 7,1% nesse período; e bens de consumo duráveis permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2019.

Produção industrial recua 5,9% em relação a junho de 2018

Na comparação com junho de 2018, a indústria caiu 5,9%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 61,2% dos 805 produtos pesquisados. Junho de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que junho de 2018 (21).

Entre as atividades, indústrias extrativas (-16,3%) exerceu a maior influência negativa. Vale destacar também as seguintes contribuições negativas: produtos alimentícios (-5,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,4%), celulose, papel e produtos de papel (-6,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-16,0%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-12,5%), bebidas (-5,6%), produtos de minerais não-metálicos (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), outros equipamentos de transporte (-11,7%), couro, artigos para viagem e calçados (-6,8%) e móveis (-8,6%). Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%), impressão e reprodução de gravações (11,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).

Bens intermediários (-6,4%) e bens de consumo duráveis (-6,1%) assinalaram os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-5,0%) e de bens de capital (-3,5%) também apontaram taxas negativas, mas que foram menos elevadas do que a média nacional (-5,9%).

O setor de bens intermediários recuou 6,4%, após avançar 2,7% em maio, quando interrompeu oito meses consecutivos de taxas negativas. O resultado de junho foi explicado, principalmente, pelas quedas em: indústrias extrativas (-16,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,0%), produtos alimentícios (-4,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), produtos de minerais não-metálicos (-5,6%), celulose, papel e produtos de papel (-5,8%), máquinas e equipamentos (-9,0%), produtos de borracha e de material plástico (-4,3%), produtos de metal (-2,3%) e metalurgia (-0,2%), enquanto as pressões positivas foram registradas por outros produtos químicos (1,0%) e produtos têxteis (0,7%). Vale citar também os resultados negativos dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-4,0%), que interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção; e de embalagens (-3,4%), que apontou o primeiro recuo em 2019.

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 6,1%, após registrar resultados positivos em abril (1,0%) e maio (28,1%). Em junho de 2019, o setor foi particularmente pressionado pela queda na fabricação de automóveis (-14,9%). Vale citar também a redução no grupamento de móveis (-8,7%). Já os principais impactos positivos foram: eletrodomésticos da “linha marrom” (28,4%) e da “linha branca” (13,1%), motocicletas (35,5%) e outros eletrodomésticos (6,5%).

O setor de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 5,0%, após crescer 11,5% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: março (-5,3%) e abril (-0,8%). O desempenho em junho de 2019 foi explicado, em grande parte, pela redução no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-7,3%). Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de semiduráveis (-4,8%), de carburantes (-3,4%) e de não-duráveis (-1,8%).

A produção de bens de capital caiu 3,5%, após avançar 22,0% em maio, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção: março (-11,0%) e abril (-0,2%). Em junho de 2019, o segmento foi influenciado, em grande medida, pelo recuo no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-8,3%). As demais taxas negativas foram: bens de capital agrícolas (-11,9%), energia elétrica (-10,4%), de uso misto (-5,3%) e construção (-5,7%). Por outro lado, o único impacto positivo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital para fins industriais (1,2%).

Indústria recua 1,0% no segundo trimestre de 2019

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