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Produção industrial cresce 0,8% em agosto

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 5,6% em agosto de 2019 frente a igual período do ano anterior, após avançar 1,0% em julho último. Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-11,9%). Vale citar também a queda assinalada pelo grupamento de móveis (-6,2%). Por outro lado, os principais impactos positivos foram verificados em eletrodomésticos da “linha branca” (7,4%) e da “linha marrom” (3,8%), motocicletas (9,9%) e outros eletrodomésticos (4,7%).

O setor produtor de bens de capital recuou 3,7% no índice mensal de agosto de 2019, após avançar 6,6% em julho último. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pela queda observada no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-6,6%), pressionado, principalmente, pela menor fabricação de embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), caminhões, aviões, vagões de passageiros e para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques (inclusive para uso agrícola). As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital agrícolas (-17,3%), de uso misto (-8,3%), para fins industriais (-1,4%) e para construção (-4,8%). Por outro lado, o único impacto positivo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital para energia elétrica (5,2%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários, ao recuar 2,1% no índice mensal de agosto de 2019, apontou a terceira taxa negativa seguida, mas com queda menos acentuada do que as verificadas em junho (-6,2%) e julho (-5,2%) últimos. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de outros produtos químicos (-5,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-9,7%), de indústrias extrativas (-1,8%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,3%), de metalurgia (-1,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-2,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), de máquinas e equipamentos (-2,8%), de produtos de metal (-1,1%) e de produtos têxteis (-1,4%), enquanto as pressões positivas foram registradas por produtos alimentícios (5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-0,4%) e de embalagens (-0,5%), com ambos revertendo os avanços observados no mês anterior: 3,2% e 1,6%, respectivamente.

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 0,7% em agosto de 2019 frente a igual período do ano anterior, após avançar 1,5% em julho último. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela redução observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,9%), pressionado, principalmente, pela menor fabricação de biscoitos e bolachas, bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, sorvetes e picolés, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, massas alimentícias secas, vinhos de uvas, cervejas e chope. Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de semiduráveis (-4,2%) e de não-duráveis (-2,7%), influenciados, em grande medida, pelos recuos registrados nos itens camisetas de malha, calças compridas (de malha ou não), calçados de couro masculino, tapetes e outros revestimentos têxteis para pavimentos, artefatos de alumínio para uso doméstico, vestidos de malha, tênis, conjuntos (de malha ou não) e calçados de borracha moldado, no primeiro; e medicamentos, impressos para fins publicitários ou promocionais em papel, produtos de beleza ou de maquilagem, preparações capilares, papel higiênico e inseticidas, no segundo. Por outro lado, o subsetor de carburantes (13,3%) apontou a única taxa positiva nessa categoria, impulsionado pela maior produção de gasolina automotiva e álcool etílico.

Em 2019, indústria acumula -1,7%

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 1,7%, com resultados negativos em uma das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 55,2% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-10,7%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens minérios de ferro. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,9%), de outros equipamentos de transporte (-11,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,2%), de produtos de madeira (-5,4%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,7%), influenciados, principalmente, pelos itens serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral; embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), aviões, partes e peças para veículos ferroviários e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias; pastas químicas de madeira (celulose); transmissores ou receptores de telefonia celular, antenas, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes), computadores pessoais de mesa (PC desktops) e televisores; peças e acessórios de plástico para indústria automobilística, pneus novos para automóveis, artigos de plástico para uso doméstico e artigos descartáveis de plástico; madeira serrada, aplainada ou polida e painéis de fibras de madeira; e medicamentos.

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