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Produção industrial cresce 0,8% em agosto

Média móvel trimestral tem variação nula (0,0%)

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em agosto de 2019 frente ao nível do mês anterior, após registrar trajetória predominantemente descendente desde setembro de 2018.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-0,7%) e bens de capital (-0,4%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com ambos marcando o segundo mês seguido de queda e acumulando nesse período perda de 1,6% e 0,5%, respectivamente. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis também mostrou variação nula (0,0%) em agosto de 2019, após assinalar decréscimo de 0,4% no mês anterior. Por outro lado, o segmento de bens intermediários (0,3%) apontou o único avanço nesse mês e mostrou o segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, após interromper no mês anterior a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2019.

Produção industrial cai 2,3% em relação a agosto de 2018

Na comparação com agosto de 2018, o setor industrial assinalou recuo de 2,3% em agosto de 2019, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2019 (22 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,8%), outros produtos químicos (-6,1%) e celulose, papel e produtos de papel (-8,4%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande medida, pela menor fabricação dos itens automóveis, na primeira; adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), etileno não-saturado, superfosfatos, policloreto de vinila (PVC), amoníaco, hidróxido de sódio (soda cáustica), tintas e vernizes para impressão e construção, ureia e oxigênio, na segunda; e pastas químicas de madeira (celulose), na terceira.

Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de indústrias extrativas (-1,8%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,6%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,4%), de máquinas e equipamentos (-3,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,5%), de bebidas (-3,7%) e de outros equipamentos de transporte (-9,7%). Em termos de produtos, os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, minérios de ferro; peças e acessórios de plástico para indústria automobilística, pneus novos para automóveis e motocicletas, embalagens de plástico para produtos alimentícios ou bebidas, chapas, folhas e outras formas planas autoadesivas de plásticos, artigos descartáveis de plástico, sacos, sacolas e bolsas de plástico para embalagens ou transporte, chapas, folhas, tiras e lâminas de plásticos, artigos de plástico para uso doméstico, correias de transmissão de borracha vulcanizada e reservatórios, caixas de água, cisternas, piscinas e artefatos semelhantes de plástico; serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes, de máquinas motrizes não-elétricas e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral; medicamentos; tratores agrícolas, rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou roletes para equipamentos industriais, máquinas para colheita, carregadoras-transportadoras, máquinas para encher, fechar e embalar, centros de usinagem para trabalhar metais e bombas centrífugas; camisetas de malha, calças compridas, vestidos de malha, conjuntos de malha, calcinhas de malha, macacões e jalecos e roupas de dormir ou de banho de malha de uso feminino; preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais; e embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), partes e peças para veículos ferroviários, aviões e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias.

Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2018, entre as três atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,0%) e produtos alimentícios (1,0%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de gasolina automotiva, álcool etílico e óleos combustíveis, na primeira; e de açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja e carnes e miudezas de aves congeladas, na segunda.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-5,6%) e bens de capital (-3,7%) assinalaram, em agosto de 2019, os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas ambos com reduções menos intensas do que a observada na média nacional (-2,3%).

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