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Presas de SP criam cooperativa e empreendem da cadeia: "Tenho direito de tentar mudar"

Reincidente, Letícia foi condenada a 13 anos e seis meses de prisão: um dia, foi atraída pelo dinheiro que ganharia carregando quatro quilos de cocaína. Acabou presa. Não vê os filhos há quatro anos. “Preferi ficar longe, não quero que eles me vejam assim”.

 Na cooperativa, as presas têm aulas de desenho, artesanato, costura e design (Foto: BBC)

 

Já Tânia Rodrigues recebe visitas de dois de seus três filhos. O mais velho, de 16 anos, desistiu de visitar a mãe quando ela não conseguiu cumprir a promessa de encontrá-lo fora da prisão no último Natal. “Prometi a ele, porque achava que meu regime semiaberto sairia, mas isso não aconteceu. Nunca mais ele veio”, conta.

Sua outra filha, de cinco anos, faz visitas a cada 15 dias. A menina não sabia que a mãe morava em uma prisão até semanas atrás. “Um dia, ela me perguntou se eu não ia para casa porque as grades não deixavam. Fiquei sem palavras.”

Dias depois, em outra visita, Tânia presenteou a filha com um chapéu feito por ela na cooperativa. “Minha filha olhou para o boné e perguntou: ‘ah, então é isso o que você faz, mãe?'”.

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Assinatura BBC footer (Foto: BBC)


 


Fonte: Editora Globo – Notícias gerais