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PEVS 2018: produção da silvicultura e da extração vegetal chega a R$ 20,6 bilhões e cresce 8,0% em relação a 2017

Extrativismo registra queda nos principais produtos madeireiros
Em 2018, o valor de produção obtido através da extração vegetal apresentou retração de 2,7%, totalizando R$ 4,3 bilhões. O grupo dos produtos madeireiros, que teve a maior participação no valor de produção do extrativismo (62,1%), registrou retração de 5,2% no ano. Ao longo dos últimos anos, a produção extrativa de madeira vem perdendo espaço, sendo gradativamente substituída pela madeira de florestas cultivadas.

Entre os principais produtos madeireiros do extrativismo, a madeira em tora, produto com maior participação no valor de produção do grupo, registrou redução de 4,9% na produção, um total de 11,6 milhões de metros cúbicos. Por consequência, apresentou queda no valor de produção de 3,7%, que totalizou R$ 1,9 bilhão. O carvão vegetal extrativo foi o produto deste grupo que apresentou maior retração no volume de produção (21,6%), totalizando 338,3 mil toneladas no ano.

Alimentícios têm crescimento de 4,1%; açaí ainda é a maior contribuição no VP
Em 2018, a soma do valor de produção dos produtos não-madeireiros registrou crescimento de 1,8%, totalizando R$ 1,6 bilhões. Esse tipo de atividade extrativista exerce grande relevância para os povos e comunidades tradicionais, contribuindo para a ocupação da mão-de-obra e distribuição de renda.

O grupo dos produtos alimentícios, maior entre os não-madeireiros da extração vegetal, novamente apresentou valor de produção crescente (4,1%), totalizando R$ 1,3 bilhões. O açaí foi o produto que registrou maior participação no valor de produção dentro deste grupo (46,3%).

O açaí amazônico é coletado de uma palmeira nativa da região, tendo 92,0% de sua produção extrativa concentrada nos estados da Região Norte. Em 2018, a produção extrativa de açaí atingiu 221.646 toneladas, volume 0,9% acima do obtido no período anterior e impulsionando o crescimento de 2,5% no valor de produção (R$ 592,0 milhões). A produção obtida através da atividade extrativa correspondeu a 12,8% da produção total de açaí no país.

O Pará apresentou a maior produção, com 147,7 mil toneladas, volume 4,1% maior que o registrado no ano anterior. No ranking dos 10 municípios que registraram os maiores volumes de produção em 2018, oito são paraenses, sendo que Limoeiro do Ajuru segue ocupando a posição de maior produtor nacional de açaí extrativo, respondendo sozinho por 18,5% do volume nacional.

A extração de erva-mate, concentrada na Região Sul, gerou o segundo maior valor de produção entre os produtos não-madeireiros, com R$ 468,4 milhões – uma queda de 0,8%. A produção atingiu a marca de 393,0 mil toneladas, crescimento de 2,4% frente ao período anterior. É no Paraná onde se encontram os dez municípios com maior produção em 2018. São Mateus do Sul, novamente, foi o município que registrou o maior volume de erva-mate extrativa no ano, concentrando 17,8% do total nacional.

Cabe ressaltar que atualmente o maior volume de açaí e erva-mate produzidos no país têm origem em áreas cultivadas. Essa produção é levantada anualmente pelo IBGE através da Produção Agrícola Municipal (PAM).

Castanha-do-pará volta a crescer
Após dois anos consecutivos de queda, a produção da castanha-do-pará voltou a apresentar crescimento. Com a retomada da boa produtividade dos castanhais e do regime de chuvas em 2017, o volume obtido na safra 2018 cresceu 46,3%, alcançando 34.170 toneladas. Mesmo com menor preço médio pago ao produtor, em razão da maior oferta do produto no mercado, o crescimento no valor de produção foi de 35,4%, alcançando R$ 130,9 milhões. Amazonas, maior produtor nacional, registrou produção de 12.161 toneladas de castanha, sendo que 11,7% do volume total produzido no país teve origem somente no município de Humaitá, que liderou o ranking dos municípios.

Fonte: IBGE

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