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PEVS 2018: produção da silvicultura e da extração vegetal chega a R$ 20,6 bilhões e cresce 8,0% em relação a 2017

Os valores da silvicultura e da extração vegetal somaram R$ 20,6 bilhões em 2018, registrando um crescimento (o terceiro consecutivo) de 8,0% em relação a 2017.

A silvicultura (obtida em florestas plantadas) contribuiu com 79,3% (R$ 16,3 bilhões) desse total, representando um aumento de 11,1% no valor de produção na comparação com 2017. A extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) teve participação de 20,7% (R$ 4,3 bilhões), sofrendo uma queda (a terceira consecutiva) de 2,7% na comparação com o ano anterior.

Na silvicultura, a produção de madeira para a indústria de papel e celulose foi o grupo que gerou o maior valor de produção em 2018 (R$ 5,1 bilhões). Entretanto, a principal influência para o crescimento no valor de produção da silvicultura veio da produção de carvão vegetal, com aumento de 18,9% da produção, gerando valor de R$ 4,1 bilhões (aumento de 50,5% no valor de produção).

Ainda na silvicultura, Minas Gerais registrou o maior valor de produção (R$ 4,6 bilhões, crescimento de 45,7%), ultrapassando o Paraná (R$ 3,1 bilhões). Mato Grosso do Sul conquistou a condição de maior produtor nacional de madeira para papel e celulose, com crescimento de 36,2% na produção. Entre os municípios, Telêmaco Borba-PR apresentou o maior valor de produção da silvicultura, com R$ 326,9 milhões, seguido por Três Lagoas-MS, com R$ 280,5 milhões. Ambos são polos produtores de celulose. A área total de florestas plantadas no País cresceu 1,3%, incremento de 131,8 mil hectares de cobertura, concentrados principalmente nas Grandes Regiões Sudeste e Sul (70,1%).

Na extração vegetal, os produtos madeireiros, que representaram 62,1% do valor de produção, registraram um recuo de 5,2% no ano. A madeira em tora – principal participação no valor de produção do grupo – teve redução de 4,9% na produção e, em consequência, queda de 3,7% no valor de produção.
Os produtos extrativos não-madeireiros registraram crescimento de 1,8% no valor de produção, totalizando R$ 1,6 bilhões. Entre eles, o açaí continua apresentando o maior valor de produção (R$ 592,0 milhões), com alta de 2,5% em relação a 2017. A produção de castanha-do-pará voltou a crescer em 2018, após dois anos consecutivos de queda. Os aumentos foram de 46,3% no volume e de 35,4% no valor da produção.

As informações são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) 2018, que investiga 37 produtos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura de todos os municípios brasileiros. A pesquisa traz informações sobre a produção, a variação e a distribuição espacial de produtos madeireiros e não-madeireiros, assim como a participação da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração vegetal. O material de apoio desta divulgação está à direita, nesta página.

Silvicultura cresce 11,1%, impulsionada pela produção de carvão vegetal
A silvicultura apresentou crescimento pelo terceiro ano consecutivo e atingiu o valor de produção de R$ 16,3 bilhões. A principal influência foi o aumento de 50,5% no valor de produção do carvão vegetal, devido principalmente à melhora no desempenho da indústria siderúrgica em 2018 – setor de maior consumo deste produto como fonte energética – e consequente aumento na demanda. A produção do carvão vegetal teve aumento de 18,9% e o valor de produção alcançou R$ 4,1 bilhões.

A produção de madeira destinada ao mercado de papel e celulose foi a que gerou maior valor em 2018 na silvicultura, com participação de 31,3% e registrando R$ 5,1 bilhões (crescimento de 2,0%). Houve aumento de 6,3% na produção de tora destinada a esta indústria.

Segunda posição no valor da silvicultura, a produção de madeira em tora para outras finalidades representou 28,2% do total gerado pelo setor, somando R$ 4,6 bilhões. O crescimento de 5,3% foi influenciado principalmente pela melhora nos preços da madeira destinada ao mercado de serraria e laminação, com aumento de 4,4% no volume produzido.

Com o aumento do consumo de carvão vegetal, houve retração no consumo de lenha para fins energéticos, uma queda de 4,6% no valor de produção e de 4,2% no volume, um total de 52,6 milhões de metros cúbicos no ano.

Já o grupo de produtos não-madeireiros da silvicultura apresentou crescimento no valor de produção. A resina, produto mais representativo deste grupo, mesmo apresentando volume de produção semelhante ao ano anterior, registrou crescimento de 11,4% no valor de produção, totalizando R$ 362,3 milhões. São Paulo respondeu por 67,8% da produção de resina no País em 2018.

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