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PAS 2017: setor de serviços tem menos empresas, que empregam menos e pagam salários menores que em 2016

Serviços profissionais, administrativos e complementares ocupava 4,9 milhões de pessoas
O número de pessoas ocupadas caiu 0,3% em relação a 2016. O maior crescimento foi em atividades imobiliárias (5,8%). Serviços de manutenção e reparação caiu 2,9%. Já na comparação com 2014, a queda foi de 5,3%. Atividades imobiliárias cresceu 17,2%, sendo o único setor a apresentar resultados positivos. Os serviços de manutenção e reparação mostraram o pior desempenho (-8,8%).

O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares registrou a maior participação no emprego, sendo responsável por 39,9% do pessoal ocupado, seguido dos segmentos de serviços prestados principalmente às famílias (22,6%), de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (20,4%) e de serviços de informação e comunicação (8,0%). Os demais setores (atividades imobiliárias; serviços de manutenção e reparação; e outras atividades de serviços) empregam um número relativamente menor de pessoas, sendo responsáveis, respectivamente, por 2,0%, 3,3% e 3,8% do pessoal ocupado.

Houve crescimento no número de pessoas ocupadas, em relação a 2008, em todos os segmentos investigados, totalizando um aumento absoluto de 3,3 milhões de pessoas ocupadas na atividade de serviços não financeiros. O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, apesar de ter registrado o maior aumento absoluto em pessoal ocupado (1,3 milhão), apresentou leve perda de participação no total, passando de 40,4%, em 2008, para 39,9% em 2017, mas permanecendo na primeira posição.

Dentre os demais setores, destaca-se o de serviços prestados principalmente às famílias (22,6%), que passou da terceira para a segunda posição do ranking de pessoal ocupado no período, com um aumento de 1,6 p.p. de participação entre 2008 e 2017, ultrapassando o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou uma queda de 0,8 p.p. no período, apresentando 20,4% de participação em 2017.

O número médio de pessoas ocupadas nas empresas de serviços caiu de 11 para 9, influenciado pelos segmentos de Outras atividades de serviços (de 16 para 10 pessoas) e pelo de Transportes e correio (de 17 para 13 pessoas).Os serviços prestados principalmente às famílias (7 pessoas), os serviços de informação e comunicação (10 pessoas) e os serviços de manutenção e reparação (4 pessoas) mantiveram seu porte inalterado.

O salário médio no setor teve redução de 2,6 para 2,2 salários-mínimos
O salário médio nas empresas prestadoras de serviços não financeiros caiu de 2,6 salários mínimos (s.m.), em 2008, para 2,2 s.m. em 2017. A redução se deu em todos os segmentos, com exceção dos serviços prestados principalmente às famílias, que mantiveram o patamar de 1,5 s.m. no período e permaneceram com a menor remuneração média entre os segmentos. O setor de serviços de informação e comunicação mostrou a maior queda, com redução de 5,9 s.m. para 4,6 s.m. entre 2008 e 2017, influenciada pela diminuição do salário médio da atividade de telecomunicações, que reduziu em 3,2 s.m. no período.

Paraná ultrapassa o Rio Grande do Sul na geração de receita bruta
O Sudeste concentrou 65,6% da receita de serviços no estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro (20,0%), Minas Gerais (11,9%) e Espírito Santo (2,5%). Em relação a 2008, houve um ligeiro avanço na participação de São Paulo (1,0 p.p.) em contrapartida à redução da participação de Minas Gerais (0,8 p.p.) e Espírito Santo (0,2 p.p.).

Na região Sul, por sua vez, houve mudança estrutural relevante: o Paraná, cuja participação aumentou em 2.2 p.p., passou a ter predominância na geração de receita bruta de serviços da região, concentrando 39,3%, enquanto o Rio Grande Sul recuou sua participação em 3,7 p.p. e passou a responder por 35,2% do total. Santa Catarina respondeu por 25,5% da receita de serviços da região em 2017, registrando um aumento na participação de 1,5 p.p.

Na Região Nordeste, houve concentração da prestação de serviços não financeiros no Ceará, Pernambuco e Bahia, que somados chegam a compor 69,6% da receita bruta de serviços da região. Todos os estados nordestinos avançaram no período de dez anos, exceto a Bahia, que reduziu a sua participação em 4,1 p.p., e Alagoas, que recuou em 0,5 p.p. no período.

O Centro-Oeste do país, por sua vez, apresenta estrutura produtiva bastante homogênea, com destaque apenas para o Distrito Federal, que concentrou 36,2% da receita bruta de serviços da região, mesmo tendo sofrido uma redução de 7,1 p.p. nesta participação em dez anos. O recuo do Distrito Federal ocorreu em contraposição principalmente do Mato Grosso, cuja participação cresceu 7,2 p.p. no período.

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