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LinkedIn permitirá que pesquisadores econômicos analisem dados de usuários

LinkedIn (Foto: Getty Images)

 

Era uma vez uma rede social chamada Facebook que deixou que pesquisadores acadêmicos acessassem seus dados, uma história que terminou com o escândalo da Cambridge Analytica. Agora, o LinkedIn, plataforma de networking profissional que pertence à Microsoft, diz que abrirá seus vastos bancos de dados para pesquisadores acadêmicos.

Mas, desta vez, a empresa disse que está estabelecendo controles para proteger a privacidade dos usuários, conforme o anúncio feito pelo diretor de dados da rede social, Igor Perisic.

Os dados ficarão restritos apenas àqueles pesquisadores cujas propostas tenham sido aprovadas. Os acadêmicos só terão acesso a informações agregadas e anonimizadas e poderão visualizá-las apenas dentro de um “cercadinho” seguro, explicou Perisic em seu post. Isso significa que eles não conseguirão fazer o download desses dados.

De acordo com o LinkedIn, os acadêmicos também não poderão “obter ou reter dados além do escopo do projeto de pesquisa”.

Além disso, a rede social informou que suas equipes legal e de segurança vão vetar todas as propostas de acesso aos dados. Só propostas de projetos relacionados a “oportunidade econômica visando a criar igualdade de condições para os resultados econômicos” serão aceitas.

Inteligência artificial

Perisic disse, em uma entrevista na semana passada, que a empresa tem como objetivo melhorar o conhecimento sobre o mercado de trabalho e a economia.

“Isso não é sobre ter um impacto direto no produto”, afirmou, embora tenha reconhecido que, no passado, a colaboração do LinkedIn com acadêmicos tenha, em alguns casos, levados a melhoras no site.

A companhia abriu a convocação de projetos em três áreas amplas: analítica, econômica e inteligência artificial.

A seleção das equipes de pesquisa será contínua, contou Perisic, e, provavelmente, não mais do que uma dezena delas terá acesso aos dados ao mesmo tempo.

A iniciativa é uma expansão de uma colaboração anterior do LinkedIn com pesquisadores econômicos. O esforço, diz a empresa, resultou em várias descobertas importantes.


Pesquisadores do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, usaram dados do LinkedIn para explorar a disparidade entre os gêneros.


Fonte: Editora Globo – Notícias gerais