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Índice de Preços ao Produtor sobe 2,93% em setembro

Os resultados observados no mês estão ligados aos preços internacionais, aos custos da matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo, especialmente da nafta, à apreciação do Dólar em relação ao Real, que alcançou, no mês, 4,8%; 25,0%, no acumulado no ano; e 31,3%, em 12 meses. Finalmente, também vale a pena ressaltar que, em setembro, dos 32 produtos analisados no setor, 29 tiveram aumentos de preços, contra 14 do mês de agosto. Isto fica evidenciado na análise dos quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços no mês, todas foram positivas.

Em relação aos quatro produtos de maior influência, todos também apresentaram valores positivos, sendo eles: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, que nessa época do ano costuma apresentar preços com esse comportamento, “herbicidas para uso na agricultura”, “polipropileno (PP)” e “sulfato de amônio ou uréia”. Em relação ao acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, todos os produtos tiveram resultados positivos e três são coincidentes: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e “polipropileno (PP)”. O produto “herbicidas para uso na agricultura” foi destaque no acumulado no ano e o “propeno (propileno) não-saturado” no acumulado em 12 meses.

Metalurgia: ao comparar os preços de setembro de 2018 contra agosto de 2018, houve uma variação de 3,66%, 12 variações positivas nos últimos 13 meses (em janeiro de 2018 a variação foi de -0,06%). Desta forma, a atividade acumulou no ano uma variação de 18,94% e nos últimos 12 meses 26,55% (maior variação alcançada para esta atividade, nestes dois índices, desde o início da série). Uma análise dos números-índices indica que, entre dezembro de 2013 (base da série) e setembro de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 55,17%.

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, todos os resultados obtidos foram positivos, e destes, excetuando os resultados do produto “barras de aços ao carbono” e “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, todos fazem parte dos produtos que mais influenciaram os resultados no mês, em pelo menos um dos indicadores.

Os quatro produtos de maior influência no mês representaram 3,00 p.p. da variação, ou seja, 0,65 p.p. é a influência dos demais 18 produtos. Os quatro produtos são: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, “ligas de alumínio em formas brutas”, “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”.

Considerando as principais influências na análise de acumulado no ano, destacam-se os mesmos produtos, excetuando “ligas de alumínio em formas brutas”, que é substituído pela influência de “bobinas de chapas de aços zincadas”, este produto por sua vez na influência em 12 meses é substituído pelo “alumínio não ligado em formas brutas”.

O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais não ferrosos (cobre e alumínio), que têm comportamentos de preços diferentes. O primeiro grupo, ligado ao setor siderúrgico, é afetado pelo excedente de capacidade de aço no mundo (apesar dos cortes de produção na China, acompanhado de aumento de preços), pela apreciação do Dólar frente ao Real (25,0% no ano), pela flutuação dos valores do minério de ferro, produto que tem tido uma recuperação de preços a partir do segundo semestre de 2017, e o aquecimento do setor automotivo. Em relação ao segundo grupo – materiais não ferrosos – os preços costumam apresentar seus resultados ligados às cotações das bolsas internacionais. Em setembro houve, porém, uma redução do preço médio internacional do alumínio, que no entanto não afetou o aumento de preços das “ligas de alumínio em formas brutas”.

Veículos automotores: em setembro, a variação observada no setor foi de 0,70%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Com este resultado, a variação acumulada no ano alcançou 5,68%. A título de comparação, em agosto de 2017 o acumulado era de 3,68%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 6,58%.

Vale ressaltar que a variação mensal representou o 13º resultado positivo consecutivo e o 25º nos últimos 26 meses (apenas agosto de 2017 apresentou variação negativa de preços, na faixa de -0,08%). Nesse período – entre agosto de 2016 e setembro de 2018 – houve uma variação acumulada de 13,58%.