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Ações de Gerdau sobem e de TIM caem após balanços; Petrobras cai 4% em dia de baixa do petróleo

A TIM Brasil teve lucro líquido normalizado de R$ 164 milhões no primeiro trimestre de 2020, alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2019, conforme balanço publicado nesta terça-feira, 5. As principais alavancas para o crescimento do lucro foram o controle de custos e despesas, o aumento da receita com serviço móvel e o aumento da receita com a banda larga TIM Live.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado somou R$ 1,926 bilhão, aumento de 8,0% na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu de 42,6% para 45,7%, resultante do aumento da receita e dos cortes de custos. A receita líquida totalizou R$ 4,215 bilhões nos primeiros três meses do ano, crescimento de 0,6%.

Os custos operacionais normalizados atingiram R$ 2,289 bilhões, baixa de 4,9%. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 255 milhões, montante 3,0% menor do que um ano antes. Os dados no critério normalizado excluem receitas e despesas associados aos contratos comerciais de torres e são ajustados por impostos diferidos. Fora do critério normalizado, o lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 162 milhões, alta de 34,8%, e o Ebitda de R$ 1,924 bilhão, alta de 7,9%.

O banco Safra destacou ver bons resultados, como esperado, especialmente no Ebitda e em despesas
operacionais.

O Itaú BBA considerou os resultados neutros. O banco comenta que a receita líquida e o Ebitda tiveram uma expansão dentro das projeções no período. Controle de custos e um melhor mix de receitas foram um dos destaques. “A TIM também informou dois fatos não recorrentes: avança o due dillingence para a compra dos ativos da Oi e a busca de um parceiro estratégico para a TIM Live”, comentou o BBA. “O rápido avanço da análise dos ativos da Oi pode indicar que a TIM e a telefônica/Vivo apresentarão em breve uma oferta pelos ativos móveis da empresa”, avaliou o BBA. O banco manteve a recomendação outperform – acima da média para TIMP3, com preço-alvo de R$ 22,00 para a ação em 2020, alta de 63,3% sobre o preço de ontem na B3.

O Bradesco BBI considerou que os resultados da TIM “não foram brilhantes, mas sólidos”. O BBI citou o impacto da chegada da epidemia do coronavírus sobre a base de clientes pré-pagos, onde 60% das recargas são feitas em pontos de vendas. O BBI avalia que a TIM foi capaz, com a redução de custos, em expandir a margem Ebitda em3 pontos porcentuais no trimestre, para 45,5%. O BBI avalia que a pressão sobre o segmento móvel pré-pago continua no 2º trimestre, mas confia na habilidade da operadora em manter os custos sob controle. O Bradesco BBI reafirma a recomendação outperform – acima da média de mercado, com preço-alvo de R$ 19,00 para o papel.

O banco suíço UBS avaliou positivamente os resultados. O UBS notou que, embora a TIM tenha sofrido queda de 10% nas recargas dos celulares pré-pagos devido à Covid-19 e seus efeitos, houve maior contenção de despesas e crescimento no serviço de banda larga, que compensaram a queda nos celulares pré-pagos. O UBS avalia que o papel TIMP3 está com preço baixo e mantém sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 17,00 para 2020.

Vivo (VIVT4, R$ 49,35, -0,30%)

A Telefônica Brasil registrou queda 14,1% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, totalizando R$ 1,153 bilhão, com as maiores despesas com impostos e depreciação ofuscaram a melhora de resultados operacionais.

Já a receita operacional líquida teve queda de 1,4%, para R$ 10,8 bilhões.

A empresa fechou março com uma fatia de 33% no mercado de telefonia móvel, alta de 1,7% base total de clientes com acessos (74,7 milhões).

Os bancos Itaú BBA e UBS avaliaram o balanço do 1º trimestre da operadora Vivo. Para o Itaú BBA, os números de receita e Ebitda chegaram em linha com as projeções, mas com um destaque positivo no crescimento das vendas e base de assinantes dos serviços de banda larga. A base de assinantes da banda larga da Vivo cresceu 30% e os serviços de dados corporativos 13% no trimestre, em comparação a igual período do ano passado. Como ponto negativo, o BBA notou que as vendas foram fracas em telefonia móvel, com queda de -0,5% na receita dos pré-pagos, que superou leve avanço de 0,3% na receita do pós-pago. O BBA manteve a recomendação market perform – desempenho na média do mercado, como preço-alvo de R$ 60,00 para a ação VIVT4 em 2020.

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