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Ações de Gerdau sobem e de TIM caem após balanços; Petrobras cai 4% em dia de baixa do petróleo

SÃO PAULO – A sessão desta quarta-feira (6) foi de volatilidade para o mercado, entre os dados dos EUA – com atenção para o ADP mostrando eliminação de 20,2 milhões de postos de trabalho no setor privado – aprovação da PEC do Orçamento de Guerra pela Câmara dos Deputados e expectativa pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Sobre o Copom, a expectativa de maior parte dos economistas é de queda de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, mas com a tese de uma baixa ainda mais forte ganhando força em meio aos dados de produção industrial e de inflação abaixo do esperado. A decisão será divulgada após o fechamento do mercado.

No radar corporativo nacional, atenção para os resultados do primeiro trimestre: TIM (TIMP3, R$ 13,59, -2,23%) chegou a ver seus papéis subirem 5%, enquanto a Vivo (VIVT4, R$ 49,35, -0,30%) chegou a subir cerca de 4% após os números do primeiro trimestre, mas os ativos amenizaram fortemente a alta e fecharam com perdas.

Gerdau (GGBR4, R$ 11,64, +1,13%), por sua vez, que abriu a sessão com leves perdas após o resultado, intensificou a queda e passou a registrar perdas de mais de 3% durante a manhã em meio a avaliação de um trimestre difícil. Contudo, durante a sessão, os ativos GGBR4 passaram a registrar ganhos e fecharam em alta de mais de 1%.

Durante teleconferência, os executivos da companhia apontaram estarem otimistas sobre suas operações nos EUA, onde esperam volumes resilientes e uma melhoria sequencial nos spreads de metais. No Brasil, a gestão observou que o declínio de novos pedidos está desacelerando desde meados de abril, acrescentando que a empresa espera que os pedidos no final de maio estejam 25% abaixo dos níveis mais “normalizados” de janeiro e fevereiro. Os resultados da divisão de aços especiais deverão sofrer mais no segundo trimestre.

Fora do radar de balanços, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 17,94, -3,91%; PETR4, R$ 17,38, -3,12%) registraram volatilidade, mas fecharam em queda seguindo o movimento do petróleo. O início da sessão foi de queda para os ativos em meio à baixa do petróleo com os investidores contrabalanceando as expectativas de reabertura das economias (que fez a commodity subir mais cedo) com os temores de excesso de oferta. Os papéis logo zeraram mas, com a piora do humor do mercado internacional contaminando a bolsa por aqui, eles passaram a registrar baixa mais forte, fechando com baixa entre 3% e 4%.

Nem mesmo os dados de estoque de petróleo nos EUA abaixo do esperado na última semana apresentados pelo Departamento de Energia (alta de 4,59 milhões de barris versus estimativa de alta de 8,8 milhões) mudaram a  tendência para o petróleo nesta quarta, que teve queda após seguidas altas. Com isso, o WTI fechou em queda de 2,3%, enquanto o brent caiu cerca de 4%.

As ações da Totvs (TOTS3, R$ 19,69, -2,86%), por sua vez, caíram após corte de recomendação pelo Credit Suisse, enquanto varejistas subiram forte, com destaque para a disparada de B2W (BTOW3, R$ 89,18, +19,13%) e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 55,15, +9,86%), na esteira dos números apresentados pelo Mercado Livre (veja mais clicando

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Confira os destaques:

 

 (PETR3, R$ 17,94, -3,91%; PETR4, R$ 17,38, -3,12%) e Braskem (BRKM5, R$ 20,10, -2,80%)

Em evento online promovido pelo Credit Suisse na última terça-feira, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, afirmou que a estatal obteve apoio da Odebrecht para transformar a Braskem em uma empresa sem controle definido, facilitando assim uma futura venda de sua participação na petroquímica via mercado de capitais. As informações são da Reuters.

O executivo ponderou, contudo, que é preciso aguardar uma melhora do cenário econômico mundial para que as operações necessárias possam ser realizadas— atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, a transação poderia não ser atrativa.

“Vejo que temos boa oportunidade na medida em que a economia mundial se recupere, a volatilidade baixe, então vamos ter condições de sair via mercado de capitais”, disse Castello Branco.

TIM Participações (TIMP3, R$ 13,59, -2,23%)

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