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Ações de Gerdau sobem e de TIM caem após balanços; Petrobras cai 4% em dia de baixa do petróleo

O banco UBS avaliou que os resultados da Vivo mostraram a resiliência da empresa no mercado, mesmo no cenário adverso. Para o UBS, o Ebitda de R$ 4,4 bilhões chegou um pouco abaixo da estimativa e as vendas nos celulares pré-pagos foram afetadas em março pela Covid-19. “Nós acreditamos que a Vivo manterá sua resiliência no mercado, mesmo com o aprofundamento da epidemia e da recessão no 2º trimestre”, projeta o banco suíço. O UBS baseia essa projeção na forte base de assinantes da Vivo e na força da marca, o que deve contribuir para que a empresa seja uma das mais defensivas e menos impactadas pelos efeitos adversos. O UBS mantém a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 61,00 para a ação VIVT4 em 2020.

Alpargatas (ALPA4, R$ 25,48, -3,41%)

A Alpargatas registrou lucro líquido de R$ 50 milhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 27,6% ante aos R$ 69 milhões anteriores.

Já a receita líquida da Alpargatas foi de R$ 747 milhões, a uma queda de 8,8%. No Brasil, a receita caiu 10%, para R$ 549,5 milhões, com redução em todos os negócios nacionais (Havaianas Brasil, Mizuno e Osklen). No exterior o lucrou caiu 5%, para R$ 197,5 milhões.

O Ebitda recorrente caiu 43%, indo para R$ 72 milhões. A margem Ebitda teve baixa de 5,8 pontos percentuais, a 9,7%.

Gerdau (GGBR4, R$ 11,64, +1,13%)

A Gerdau teve queda de 51% do lucro líquido no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 221 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado caiu 24%, a R$ 1,18 bilhão. A receita líquida, por sua vez, teve queda de 8%, a R$ 9,23 bilhões.

A Gerdau anunciou novas estimativas, vendo capex no ano de R$ 1,60 bilhão, ante previsão de R$
2,60 bilhões. A empresa agora estima investimentos de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2021, contra R$ 7 bilhões anteriormente.

Os bancos Itaú BBA e Morgan Stanley comentaram os resultados do 1º trimestre da siderúrgica. O Itaú BBA avaliou os resultados da Gerdau como neutros. Segundo o BBA, o Ebitda da Gerdau chegou levemente acima da projeção, e a empresa tomou uma decisão correta em cortar os investimentos em R$ 1 bilhão em 2020, para R$ 1,6 bilhão, para preservar “sua sólida folha de balanço”. O BBA destacou que a Gerdau teve um bom desempenho de vendas nos Estados Unidos no 1º trimestre, o que contribuiu para que a empresa alcançasse um resultado positivo no trimestre, mesmo com paralisações temporárias por causa da Covid-19. O BBA alerta que os olhos agora estão no 2º trimestre. O banco mantém a recomendação market perform – na média do mercado, para a Gerdau, com preço-alvo de R$ 11,00 para a ação.

Já o Morgan Stanley avaliou que a Gerdau teve um 1º trimestre “difícil”. O Ebitda consolidado de R$ 1,77 bilhão chegou levemente abaixo da projeção do banco, que notou, como aspecto positivo, que o Ebitda da América do Norte (R$ 425 milhões) superou as expectativas. O Morgan Stanley também observou que a Gerdau conseguiu aumentar os preços do aço no Brasil, o que levou a um resultado 5% superior à projeção. Como aspectos negativos, o Morgan Stanley comentou que as vendas externas de aço caíram em todas as regiões, menos na América do Norte; a dívida líquida da Gerdau aumentou 44% para R$ 14,4 bilhões, com a relação dívida líquida sobre o Ebitda avançando de 1,67 vezes (1,67x) para 2,55 vezes (2,55x) no 1º trimestre de 2020. O banco mantém a recomendação overweight – acima do mercado, com preço-alvo de R$ 12,00 para a ação.

Energias do Brasil (ENBR3, R$ 16,83, -0,12%)

A Energias do Brasil viu seu lucro líquido cair 8,5% no primeiro trimestre de 2020, para R$ 271 milhões, enquanto o Ebitda teve baixa de 1%, a R$ 698,5 milhões.  A margem Ebitda ficou estável a 15,6%, em um cenário em que a receita teve alta de 9,5%, a R$ 3,6 bilhões.

Segundo o Credit Suisse, os resultados foram positivos, principalmente em função de itens não-caixa, enquanto os resultados operacionais foram mais fracos devido a performance mediana das geradoras (principalmente as unidades de Hidro) assim como os volumes das distribuidoras.

Já a XP Investimentos destaca que a maior surpresa negativa veio do segmento de geração hidrelétrica. Houve uma queda de 31% em relação ao primeiro trimestre de 2019 de margem bruta em compra a venda de energia, refletindo a combinação de uma maior alocação sazonal no trimestre e a queda de preços de energia no mercado de curto prazo como fruto da queda de demanda e maior incidência de chuvas no período.

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