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‘’A classe contábil precisa demonstrar todo seu protagonismo no desenvolvimento sustentável’’ Conheça Ana Tércia Rodrigues, uma das presenças confirmadas no IX ECAL

Por Luiz Monteiro
Estagiário sob supervisão do Decom

Contadora Ana Tércia – Presidente do CRCRS

O respeito e renome na profissão é algo que todo profissional busca adquirir. Porém, poucos conseguem atingir essa meta em duas áreas tão importantes para a sociedade, como o meio acadêmico e o da Contabilidade. E quem atingiu isso foi a professora Ana Tércia Lopes Rodrigues, personalidade confirmada no IX Encontro da Amazônia Legal (Ecal) na cidade de Santarém, Pará.

Graduada em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Ana Tércia assumiu em janeiro do ano passado a Presidência do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS). Em 70 anos da instituição, é a primeira mulher eleita para gerir a entidade, além de atualmente ser professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais.

Ana Tércia participará do primeiro painel do evento, às 8h30 do dia 30/10. Nele, a docente debaterá sobre indicadores de sustentabilidade, assunto que reflete o tema oficial do evento, que é “A Prática Contábil para o Desenvolvimento Sustentável”.

A seguir a entrevista com a presidente do CRCRS, que comentou sobre o Ecal, a importância de se unir a sustentabilidade com a Contabilidade e o que se pode esperar do seu painel no Encontro,  que reunirá contadores de toda a América Latina. Para saber mais sobre o evento, clique AQUI.

Confira abaixo a entrevista:

Qual é a importância de um evento como o Encontro de Contabilidade da Amazônia Legal?

Ana Tércia – Em um momento em que o tema sustentabilidade é pauta de reuniões internacionais na ONU, reunindo os principais líderes mundiais em torno do tema, a classe contábil precisa demonstrar todo o seu protagonismo na abordagem da temática, principalmente buscando aperfeiçoar os mecanismos de evidenciação das melhores práticas de sustentabilidade nas demonstrações contábeis e nos relatórios de natureza financeira e não financeira.

Como podemos juntar a Contabilidade com a sustentabilidade?

Ana Tércia – Pela nossa consciência de responsabilidade social, pelo resgate da essência da Contabilidade como uma ciência social aplicada e que precisa provar constantemente o seu valor para a sociedade e para o ambiente empreendedor.

Entendo que a maior ameaça para uma profissão não são as plataformas tecnológicas, nem os robôs com suas inteligências artificiais, mas a necessidade de as profissões se mostrarem úteis. As informações produzidas pela contabilidade precisam mostrar sua utilidade não somente para os usuários diretos das demonstrações contábeis, mas para toda a sociedade, fazendo valer o Tripé da Sustentabilidade (social, ambiental e econômica/financeira).

O CRCRS adota ou apoia alguma prática sustentável em seu local de trabalho?

Ana Tércia – Sim, cada vez mais, estamos repensando nossos processos para torná-los menos agressivos, como a redução no uso de papel, transformando processos físicos em digitais, repensando inclusive nossas sistemáticas de cursos e reuniões, investindo mais em sistemas para transmissões on-line e “a distância” em detrimento do “presencial”. Penso que é um caminho natural para todas as empresas. Quanto antes iniciarmos essa transição, mais exitosos serão os resultados.

Além de ser muito respeitada no meio acadêmico, a senhora também tem grande influência dentro da classe contábil. Em uma área como essa, que sempre foi vista como predominantemente masculina, você acha que as mulheres vêm conquistando seu espaço?

Ana Tércia – Agradeço a deferência e me sinto lisonjeada em ter conquistado o espaço que estou ocupando hoje na Presidência do CRCRS e também por tantos convites que tenho recebido para palestrar em eventos.

Esse em especial me deixa muito envaidecida, pois tenho trabalhado com esse tema na Universidade como Titular de uma disciplina “Contabilidade e Sustentabilidade” e percebido que o tema abrange também a questão da diversidade de gênero, étnica e religiosa, e isso é muito gratificante.

Descobrir que somos formadores de opinião, que podemos mudar nosso entorno, inspirar outras mulheres a sentirem-se “empoderadas” é algo que ainda estamos descobrindo.

Tenho me surpreendido com a “Sororidadade”, conceito que pretendo explorar na minha abordagem, que significa um sentimento de cooperação mútua entre mulheres para alcançarmos cada vez mais destaque e ocuparmos mais posições na nossa sociedade ainda muito carente do talento feminino. Sinto-me muito feliz em compartilhar esse momento e essa liderança com outras seis mulheres presidentes dos CRCs (São Paulo, Mato Grosso, Paraíba, Roraima, Minas Gerais e Pará) e também por termos a Maria Clara assumindo de forma inédita a Presidência da AIC. Grande momento esse nosso!

Fonte: CFC

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