IPCA foi de 0,45% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,45%, a maior taxa para o mês desde 2015 (0,82%) e 0,03 ponto percentual (p.p.) abaixo do índice de setembro (0,48%).
Período | Taxa |
---|---|
Outubro de 2018 | 0,45% |
Setembro de 2018 | 0,48% |
Outubro de 2017 | 0,42% |
Acumulado no ano | 3,81% |
Acumulado nos 12 meses | 4,56% |
O acumulado no ano (3,81%) ficou acima do registrado em igual período do ano passado (2,21%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,56%, enquanto havia registrado 4,53% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa atingiu 0,42%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Os preços do grupo Alimentação e bebidas aceleraram de 0,10% em setembro para 0,59% em outubro, enquanto Transportes desacelerou de 1,69% para 0,92%. Juntos, esses dois grupos responderam por 43% das despesas das famílias e contribuíram com cerca de 70% do índice do mês.
IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,48 | 0,45 | 0,48 | 0,45 |
Alimentação e Bebidas | 0,10 | 0,59 | 0,03 | 0,15 |
Habitação | 0,37 | 0,14 | 0,06 | 0,02 |
Artigos de Residência | 0,11 | 0,76 | 0,00 | 0,03 |
Vestuário | -0,02 | 0,33 | 0,00 | 0,02 |
Transportes | 1,69 | 0,92 | 0,31 | 0,17 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,28 | 0,27 | 0,03 | 0,03 |
Despesas Pessoais | 0,38 | 0,25 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,24 | 0,04 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,07 | 0,02 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Transportes apresentou, ainda, a maior variação entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,17 p.p. Os combustíveis foram o destaque desse grupo pelo segundo mês consecutivo, com 2,44% de variação e 0,14 p.p. de impacto, o que equivale a aproximadamente um terço do IPCA. Todos os itens apresentaram desaceleração na passagem de setembro para outubro: etanol (de 5,42% para 4,07%), óleo diesel (de 6,91% para 2,45%), gasolina (de 3,94% para 2,18%) e gás veicular (de 0,85% para 0,06%).
Ainda nos Transportes, as passagens aéreas tiveram alta de 7,49%, porém uma desaceleração frente aos 16,81%, de setembro.
Alimentação e bebidas (0,59%) teve o segundo maior impacto no IPCA (0,15 p.p.), impulsionado, principalmente, pela alimentação no domicílio (de 0,00% em setembro para 0,91% em outubro), com destaque para o tomate (51,27%), a batata-inglesa (13,67%), o frango inteiro (1,95%) e as carnes (0,57%). Entre as quedas, sobressaíram a farinha de mandioca (-4,69%), o leite longa vida (-2,60%), os ovos (-1,12%) e o café moído (-0,94%). Já a alimentação fora variou 0,02%, com destaque para o lanche (-0,25%).
No grupo Habitação (0,14%), a energia elétrica subiu 0,12%, em parte por causa de reajuste de 15,23% em uma das concessionárias de São Paulo (0,25%) a partir de 23 de outubro; 6,18% em Brasília (0,35%) e 15,56% em Goiânia (1,06%), ambas em vigor desde 22 de outubro. As demais regiões pesquisadas variaram entre os -2,39% do Recife e os 6,56% de Fortaleza, em razão dos aumentos ou reduções nas alíquotas de PIS/COFINS. Desde junho, encontra-se em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido.