Totvs diz que Linx se negou a firmar protocolo de combinação de negócios

Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira (21), a Totvs informou ao mercado que o time de conselheiros da Linx optaram por não assinar o Protocolo e Justificação de Incorporação apresentado pela companhia no dia 4 de setembro, alegando que a realização desse acordo iria contra a negociação já firmada pela empresa com a Stone Pagamentos. 

No documento divulgado, a Totvs afirma que, dentro do seu entendimento, o argumento dado pela empresa é “equivocado”, já que o documento trataria de “mera proposta e recomendação dos administradores signatários a ser submetida aos acionistas das respectivas companhias”. 

A discussão envolvendo as três empresas segue desde agosto, quando a Stone anunciou a compra da Linx por R$ 6 bilhões; na mesma semana, a Totvs se pronunciou afirmando que havia iniciado negociações com a Linx e que sua proposta precisa ser avaliada antes da compra da empresa. Na visão da Linx, o que ocorreu foi uma sondagem e não um início formal de negociações. 

Para definir qual proposta seria mais vantajosa para seus acionistas, a Linx anunciou neste mês a contratação da assessoria financeira BR Partners, que faria esse papel de mediadora. Porém, de acordo com a Totvs, o processo não está ocorrendo com a velocidade ou mesmo boa-fé necessária. 

“Até esse  momento, a percepção  é  de  que,  independentemente  dos  motivos, esse comitê tem demonstrado somente disposição para retardar, ou mesmo impedir, a apreciação da Proposta da TOTVS pela assembleia de acionistas da Linx de forma equânime, como forma de forçar esses acionistas a deliberar sobre uma única proposta, a da STNE”, afirmou a empresa no documento publicado na segunda. 

O documento ainda segue afirmando que a proposta do Totvs foi, de fato, preterida pela da Stone, cuja avaliação teria levado apenas um dia e o documento do contrato teria sido assinado sem ajustes. Também diz que a proposta enviada pela empresa tem validade até 13 de outubro e que a marca esperar que o conselho diretor da Linx a submeta aos acionistas. 

“Defendemos que o pleno direito de escolha dos acionistas da Linx deve efetivamente ser respeitado. Entendemos que a única forma para que isso ocorra é por meio de manifestações e ações práticas destes acionistas, no sentido de garantir que ambas as propostas sejam submetidas à mesma assembleia geral, em iguais condições, para que tais acionistas possam avaliar e escolher a melhor proposta.” 

Infoeconomico

Fonte: Computer Word