Política

Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam com estimativas mais pessimistas para PIB em 2020

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em leve queda na manhã desta segunda-feira (1), após o mercado financeiro estimar uma contração ainda mais acentuada para a economia brasileira este ano no relatório Focus, do Banco Central.

Divulgado nesta manhã, o levantamento aponta para uma retração de 6,25% do PIB em 2020, ante projeção de queda de 5,89% anteriormente. As estimativas mais pessimistas vêm após uma série de indicadores fracos da economia, com um recuo de 1,5% do PIB no primeiro trimestre, refletindo os primeiros impactos do coronavírus na economia do país.

Em relação à taxa básica de juros, houve alta na expectativa para a Selic em 2021, de 3,29% para 3,38% ao ano. Para este ano, a estimativa foi mantida em 2,25% a.a., com previsão de corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no dia 17 de junho.

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Investidores acompanham ainda a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência pública na Comissão CN-Covid 19, do Senado. O evento terá início às 11h e será destinado a debater as ações da autoridade monetária relacionadas à emergência de saúde pública no combate do coronavírus.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o papel indexado à inflação com juros semestrais e vencimento em 2040 pagava uma taxa de 4,16% ao ano nesta manhã, ante 4,18% a.a. na tarde de sexta-feira (29). Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam prêmios anuais de 4,25%, frente aos 4,26% a.a. oferecidos anteriormente.

Entre os papéis com retorno prefixado, o juro do título com vencimento em 2023 cedia de 4,28% para 4,25% ao ano, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com prazo em 2026 recuava de 6,54% para 6,49% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta segunda-feira (1):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário externo

Ainda entre os destaques do dia, investidores monitoram o aumento das tensões políticas nos Estados Unidos e no Brasil.

Ontem, o presidente americano Donald Trump publicou em sua conta do Twitter que o movimento “Antifa” (antifacista) é, para ele, uma organização terrorista. Os protestos no país, motivados pelo assassinato de George Floyd, um homem negro desarmado, pela polícia de Minneapolis, se intensificaram nos últimos dias.

Ainda no exterior, autoridades chinesas disseram a empresas para interromper a importação de alguns produtos agrícolas americanos, aumentando o risco de ampliar as tensões entre os dois países.

Já no Brasil, diversas cidades fizeram manifestações defendendo a democracia, após ataques do presidente Jair Bolsonaro às instituições.

O presidente, por sua vez, esteve presente em uma manifestação em Brasília, em que parte dos integrantes atacava o Supremo Tribunal Federal. O inquérito das fake news levou a uma série de buscas e apreensões que atingiram aliados bolsonaristas.

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Fonte: Infomoney Blog Epolitica

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