Tecnologia

Segredos da CIA: como a agência pode invadir seu celular

Ilustra Daniel Rosini
Edição Felipe van Deursen

Não manda nudes!
Hackers do programa de espionagem digital da CIA teriam vasculhado, durante anos, celulares, tablets, computadores e TVs

Onde – Mundo inteiro
Objetivo – Monitoramento e busca por terroristas
Status – Desconhecido, provavelmente em curso

Leia a série “Os segredos mais sujos da CIA”:
– A caçada a Osama bin Laden  
– Os planos para invadir todos os celulares do mundo
– O túnel para enganar os soviéticos em Berlim
– O projeto sinistro para criar agentes zumbis
– Como a CIA arquitetou o golpe militar no Chile
– A influência da CIA na política brasileira
– Os animais que quase viraram espiões

 

 

<span>–</span>Daniel Rosini/Mundo Estranho

1- PRIMEIRO VAZAMENTO
Em março de 2017, a CIA voltou a gerar polêmica, graças à plataforma Wikileaks, que ganhou fama por vazar informações secretas de governos. Segundo Julian Assange, diretor da organização, o Wikileaks vazou 8.761 arquivos de uma rede bastante protegida graças a uma falha de segurança da CIA

2 – TODO MUNDO NU
Os documentos mostram que a agência seria capaz de hackear qualquer pessoa, empresa ou organização, nos EUA ou no exterior, invadindo sorrateiramente roteadores, tablets, computadores (Mac, Windows e Linux), televisões digitais e celulares com sistema Android, iOS e Windows. Ou seja, praticamente todo mundo com uma vida digital estaria exposto à espionagem

ARMAS À MOSTRA
A CIA faria isso usando um sofisticado arsenal de ciberarmas, como softwares do tipo cavalo de Troia (que invadem máquinas e as deixam vulneráveis), programas de controle a distância e ataques de dia zero (que exploram falhas antes que os próprios desenvolvedores descubram que elas existem). Assim, os hackers acessariam os dados dos aparelhos

PERDEU, ZAP-ZAP!
As técnicas da agência permitiriam, por exemplo, coleta de mensagens e áudios do WhatsApp, do Telegram e dos menos famosos Signal e Confide (usado pelos assessores do presidente dos EUA, Donald Trump). Os agentes acessariam o celular e interceptariam o tráfego de mensagens antes que elas fossem criptografadas pelos aplicativo. Eles também poderiam ativar a câmera e o microfone do aparelho

3 – TELINHA DOMINADA
Um dos programas maliciosos seria o Weeping Angel (“anjo chorão”, em inglês). Ao infectar uma TV conectada à internet, ela se transformaria em um dispositivo de escuta, gravando conversas e as transmitindo para servidores secretos da CIA

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4 – GRANDE IRMÃO CAMINHONEIRO
Outra diabrura criada pelos espiões teria sido um malware para invadir sistemas de controle usados por carros e caminhões conectados. O motorista poderia perder o controle do veículo do nada. “O propósito não é especificado, mas ele permitiria que a CIA se engajasse em assassinatos quase indetectáveis”, declarou Assange à época

5 – TRETA GLOBAL
O Wikileaks denunciou que a CIA usava o consulado dos EUA em Frankfurt, Alemanha, como base para espiões digitais na Europa, no Oriente Médio e na África, causando desconforto com o governo alemão. A CIA não confirmou a autenticidade dos documentos, mas, se forem reais, isso revela que ela tinha uma divisão similar à Agência de Segurança Nacional (NSA), que espiona governos estrangeiros e o povo americano

FONTES Livro Legado de Cinzas, de Tim Weiner; BBC, CIA, Estadão, O Globo, The Guardian, The Independent, National Geographic, El País, Scientific American, Telegraph, Terra, UFMG, Último Segundo, UOL e Zero Hora

 

 

 
Fonte: G1

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