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Produção industrial cai 9,1% em março de 2020

Por outro lado, os ramos de impressão e reprodução de gravações (8,4%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%) assinalaram os avanços na produção nesse mês, mantendo o comportamento positivo observado em fevereiro e acumulando nesse período ganhos de 16,2%, 4,3% e 0,9%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a fevereiro de 2020, bens de consumo duráveis, ao recuar 23,5%, teve a queda mais acentuada em março de 2020, influenciada, em grande parte, pela menor produção de automóveis. Essa redução foi a mais intensa desde maio de 2018 (-23,8%) e marcou o segundo mês seguido de queda, com perda acumulada de 23,7% nesse período.

Os setores de bens de capital (-15,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-12,0%) também apresentaram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional (-9,1%), com o primeiro eliminando o ganho de 13,8% acumulado nos dois primeiros meses de 2020; e o segundo prosseguindo com o comportamento negativo desde novembro de 2019, com redução de 14,4%% nesse período. O setor de bens de capital marcou a queda mais acentuada desde maio de 2018 (-18,0%); e bens de consumo semi e não-duráveis apresentou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica.

O setor de bens intermediários (-3,8%) também assinalou recuo na produção, com a perda mais elevada desde maio de 2018 (-7,3%), interrompendo, dessa forma, três meses de resultados positivos consecutivos e que acumularam expansão de 1,8%.

Média móvel trimestral recua 2,4%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria caiu 2,4% no trimestre encerrado em março de 2020 frente ao nível do mês anterior, após avançar 0,3% em fevereiro, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro de 2019.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os segmentos de bens de consumo duráveis (-6,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,1%) tiveram os recuos mais intensos nesse mês e mantiveram o comportamento negativo desde dezembro de 2019, com perdas acumuladas de -9,8% e de -5,9%, respectivamente. Os setores produtores de bens de capital (-1,1%) e de bens intermediários (-0,7%) também assinalaram taxas negativas em março de 2020, com o primeiro mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em junho de 2019; e o segundo eliminando o ganho de 0,6% registrado no mês anterior, quando interrompeu três meses consecutivos de queda na produção.

Indústria recuou 3,8% na comparação com março de 2019

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial recuou 3,8% em março de 2020, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 59,3% dos 805 produtos pesquisados. Mesmo com o efeito-calendário positivo – já que com 22 dias, março de 2020 teve três dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (19) -, observa-se a clara influência dos efeitos do isolamento social devido à pandemia de Covid-19, que afetou a produção de várias unidades produtivas no país.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,2%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças.

Houve ainda as contribuições negativas dos ramos de bebidas (-18,8%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-27,5%), de couro, artigos para viagem e calçados (-26,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-10,6%), de metalurgia (-5,8%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,0%), de produtos de madeira (-12,6%), de produtos têxteis (-9,9%), de produtos de metal (-3,9%), de móveis (-12,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,3%) e de produtos do fumo (-14,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com março de 2019, entre as cinco atividades que apontaram expansão na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (8,1%) e produtos alimentícios (3,4%). Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (7,9%) e de celulose, papel e produtos de papel (3,1%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês de 2019, bens de consumo duráveis (-9,7%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-7,1%) assinalaram, em março de 2020, os recuos mais acentuados. Os setores de bens de capital (-3,9%) e de bens intermediários (-1,7%) também mostraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro apontando queda ligeiramente mais elevada do que a média nacional (-3,8%); e o segundo registrando a redução mais moderada no índice mensal entre as categorias econômicas.

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