Tecnologia

Produção de smartphone da Huawei começa a sofrer impacto das sanções dos Estados Unidos

A partir de setembro, a Huawei não poderá fazer seu próprios chipsets Kirin devido às sanções dos Estados Unidos. De acordo com a Associated Press Richard Yu, CEO da Unidade de Negócios de Consumo da Huawei, disse que a empresa está ficando sem chips de processador e a partir do próximo mês terá a sua produção de smartphones prejudicada.

“Infelizmente, na segunda rodada de sanções dos EUA, nossos produtores de chips só aceitaram pedidos até 15 de maio. A produção será encerrada em 15 de setembro”, disse Yu, em uma conferência em 7 de agosto. “Este ano pode ser a última geração de chips de alta tecnologia Huawei Kirin”. O próximo telefone Mate 40 da Huawei, com lançamento previsto para setembro, pode ser o último telefone com chip Kirin.

A sanção ocorreu em maio de 2019, quando a Huawei e 114 de suas afiliadas entrou para a Lista de Entidades do presidente Donald Trump. O governo norte-americano alega que a empresa de tecnologia chinesa construiu backdoors na infraestrutura de rede para ajudar espionagem do governo chinês.

A sanção impede que empresas americanas consigam vender tecnologia
para a empresa sem a aprovação explícita do governo dos Estados Unidos.

A pressão impede que a divisão de chips HiSilicon da Huawei continue fabricando os chipsets, componentes essenciais para os smartphones. A empresa depende do software de empresas americanas, como Cadence Design Systems Inc ou Synopsys Inc, para projetar seus chips. A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), maior fabricante de semicondutores do mundo, supostamente suspendeu os pedidos da unidade HiSilicon da Huawei em maio.

O Departamento de Comércio dos EUA emitiu uma regra de exportação alterada para bloquear as remessas de semicondutores destinadas àHuawei para “visar estrategicamente a aquisição de semicondutores da Huawei que são produtos diretos de determinado software e tecnologia dos EUA”.

De acordo com site The Verge, isso também significou que a empresa chinesa ficou impossibilitada de fazer negócios com a Google. A Huawei não pode obter licença Android, ou seja, precisa deixar os aplicativos da gigante de busca de fora dos seus aparelhos.

A medida foi baseada na Lei de Poderes Econômicos de Emergência
Internacional para justificar a proibição e diz que “a abertura deve ser
equilibrada pela necessidade de proteger nosso país contra ameaças
críticas à segurança nacional”, segundo a publicação. Posteriormente,
Trump estendeu o pedido até maio de 2021.

O Wall Street Journal noticiou no sábado que a fabricante de chips americana Qualcomm pediu ao governo Trump para aliviar as restrições à venda de componentes para a Huawei e permitir que ela vendesse chips para uso em seus telefones 5G.

Infoeconomico

Fonte: Computer Word

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