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Potencial turístico de Brasília é equiparado ao de qualquer capital do mundo na CDR

Brasília tem potencial turístico para competir com qualquer outra capital do mundo, segundo debatedores que participaram de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) nesta quarta-feira (30). O presidente do colegiado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), propôs a discussão por achar importante estimular o turismo cívico, especialmente na Capital.

A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, disse que, embora Brasília já seja reconhecida como destino turístico, é preciso reforçar na mente dos brasileiros que a cidade foi construída como símbolo da esperança. Para ela, é fundamental resgatar a história recente da Capital, até mesmo entre os próprios os moradores. Vanessa defendeu o turismo cívico como política de Estado. Além de valorizar as instituições e tradições, ela acredita que a medida reforça a cidadania, gera pertencimento, aumenta o vínculo da sociedade com a cidade e posiciona o Brasil como nação para o mundo.

— Investir no turismo cívico é mais do que uma oportunidade e um alinhamento com a política nacional: é um meio de concretizar seu enorme potencial turístico, econômico e social — comentou.

A secretária citou o exemplo do Programa Brasília Nossa Capital, implantado em outubro na grade curricular do Ensino Básico do Distrito Federal. Trata-se de um roteiro cívico pedagógico que inclui aulas-passeio programadas a pontos estratégicos de Brasília. Além disso, segundo Vanessa, o investimento de R$ 40 milhões para revitalização da área central da cidade, anunciado pelo governo em parceria com a iniciativa privada, é outra medida para aumentar os números de visitação.

— Nossa Capital é uma das mais lindas desse mundo. Podemos, sim, competir, e com muito mais vantagem [sobre elas], porque Brasília reúne atributos que outras não têm. Tombada aos 27 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade, comparada a outras que têm milhares de anos, temos um diferencial enorme.

Símbolos nacionais

Cláudia Maldonado Lopes, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing, citou o exemplo de cidades como Washington, nos Estados Unidos, e Joanesburgo, na África do Sul, que valorizam os símbolos nacionais como fórmula para impulsionar o turismo cívico. Ela disse que Brasília também tem os mesmos valores, independentemente de partidarismos políticos, e isso deve ser valorizado e utilizado para impulsionar o setor.

— Eu chamaria atenção ainda para a palavra gentileza: aqui não se joga papel no chão, não se usa buzina e, independentemente de onde o cidadão tenha nascido, Brasília é a nossa capital. Então, a gente precisa transmitir isso de maneira positiva.

Para o representante da Associação da Indústria Hoteleira (Abih), Henrique Severien, Brasília precisa incentivar a cultura da visitação. Segundo ele, o turismo cívico deve ser estimulado entre toda a população, desde a infância. Na visão do debatedor, ensinar as crianças é recrutá-las como agentes de divulgação dos conteúdos culturais, jurídicos e arquitetônicos da própria cidade.

— A vantagem do turismo cívico é seu poder de despertar para todas as outras formas de turismo. É importante para todas as cidades, para todas os estados, para todas as histórias. Além de marcante, é uma área que tem grande potencial de crescimento e sobrevive a qualquer crise — defendeu.

Izalci Lucas concordou que o turismo cívico deve ser tratado como política de Estado. Para o parlamentar, no entanto, antes de estender a medida para as demais capitais do país, os estudantes do próprio Distrito Federal precisam de oportunidades para conhecer bem a Capital onde moram.

— Antes, a gente precisa fazer o dever de casa, trabalhando o tema nas escolas. E esta foi a primeira de várias audiências e iniciativas desta comissão com vistas ao aperfeiçoamento da política de turismo no Brasil — adiantou o senador.

Requerimentos

Após a audiência pública desta quarta-feira, os senadores aprovaram dois requerimentos de Izalci Lucas. Um deles, para debater a elaboração da “Carta Brasileira para Cidades Inteligentes” e apresentar os programas do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (MCTIC) para o planejamento e implantação de cidades inteligentes no Brasil. O outro requerimento é para audiência pública sobre o desenvolvimento e a expansão regional dos serviços de telecomunicações, especificamente no que tange ao acesso à internet, bem como apresentar os programas do governo na área. As datas dos dois debates ainda serão marcadas.
Fonte: Senado Noticias Gerais

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