O RPA e uma nova realidade: tecnologia é estratégica para o atendimento ao novo consumidor
É fato que o comércio eletrônico “explodiu” com a pandemia provocada pelo novo coronavírus. As compras online se tornaram, muitas vezes, a única alternativa viável para um cenário de insegurança sanitária. Os serviços online também entraram na rotina de muitos brasileiros e ao que tudo indica os hábitos digitais não vão acabar com o fim da covid-19. As relações comerciais não serão mais as mesmas do período pré-pandêmico. Será que as empresas estão preparadas para isso?
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Segundo o estudo da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) “Novos hábitos digitais em tempos de covid-19”, que entrevistou mil pessoas em todo o país, o consumidor brasileiro está mudando o comportamento de consumo, com 52% dos entrevistados comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena. 70% dos entrevistados afirmaram que pretendem continuar comprando mais online do que faziam antes da Covid-19. Também realizado pela SBVC, o estudo “Era da Experiência – Relações com Covid-19” indicou que 91% dos consumidores se dizem satisfeitos com a experiência de compras online, dez pontos percentuais mais que a satisfação com as lojas físicas e 55% afirmam comprar pelo menos mensalmente em canais online.
Já a 2 ª edição do estudo Painel TIC COVID-19 – realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostrou que 72% dos usuários de internet no Brasil procuraram informações ou usaram serviços públicos online relacionados aos direitos do trabalhador ou previdência social, como INSS, FGTS, seguro-desemprego, auxílio emergencial ou aposentadoria durante a pandemia. Esse percentual era de 40% da população com acesso à web em 2019. Outro número que impressiona: em 2019, só 8% dos internautas brasileiros declararam terem realizado tais atendimentos de forma online. Durante a pandemia, 30% dos usuários da internet no país, ou seja, um em cada três, acessou esses serviços online.
Como o RPA pode ajudar? O RPA é uma tecnologia que permite a automação de processos do negócio com foco em atividades rotineiras, repetitivas. É uma tecnologia low code, isto é, que exige baixo nível de programação, facilitando que qualquer pessoa possa facilmente se adaptar a ela. Também é não invasiva – a programação dos robôs de RPA não requer modificação das aplicações, dos sistemas com os quais tais robôs interagirão; em outras palavras, é possível criar uma harmonia com os sistemas legados e, finalmente, é escalável: adapta-se rapidamente às constantes mudanças no ambiente de negócios.
O RPA é aplicável aos mais variados tipos de indústria e, inclusive às empresas de médio porte. Para ilustrar, a seguir, um rápido overview de quais processos podem ser automatizados em alguns setores:
- Bancos, serviços financeiros: contas a pagar, contas a receber, contabilidade geral, ativação de cartões, descoberta de fraudes;
- Seguros: entrada de novos negócios, processamento de reclamações;
- Saúde: automação de relatórios, reconciliação de sistemas;
- Manufaturas: processamento de faturas, pedidos;
- Telecomunicações: relatórios de qualidade, gerenciamento de ordens de serviço;
- Energia e serviços de utilidade pública: validação de leitura de medidores, configuração de contas;
- Varejo: fechamento de relatórios;
- Área de compras de qualquer setor: abastecimento de dados, integração de novos fornecedores, ordens de pagamento, processamento de recibos etc.
As possibilidades são inúmeras. Desafogando o BackOffice com a ajuda dos robôs, que também diminuem o risco de erros – os funcionários podem se concentrar em tarefas mais estratégicas, agregando valor de fato ao negócio, priorizando o atendimento ao cliente. E lembrando que o novo cliente, esse que surgiu no cenário pandêmico, é exigente e quer uma resposta assertiva na velocidade de um clique.
*Edgar Garcia é diretor comercial da UiPath para a América Latina
Infoeconomico
Fonte: Computer Word