Política

Mundo real x ideal: como investir hoje para comprar um imóvel

Para chegar a um retorno ainda maior, da ordem de 7,4% ao ano, Anversa alocaria 30% da carteira desse investidor no título Tesouro Selic, papel mais seguro do mercado, e 40% em títulos privados (como CDBs) ou fundos de renda fixa com foco em um rendimento de 120% do CDI.

Esse investidor também deveria ter 10% do portfólio com exposição a ativos isentos de Imposto de Renda, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e debêntures incentivadas, com retornos de cerca de 4,5% ao ano acima da inflação. E 20% seriam aplicados em Tesouro IPCA+, título público indexado à inflação negociado no Tesouro Direto, com vencimento em 2035.

Com essa alocação, além dos R$ 30 mil, o investidor deveria poupar R$ 625 por mês e utilizar ainda todo o décimo terceiro salário para investir. “Quanto menor a taxa de poupança, maior a necessidade de aumentar o risco da carteira. Se ele poupar apenas R$ 250 por mês, isso aumenta a necessidade de retorno para mais de 10% ao ano para compra do imóvel”, observa Anversa.

Custo de oportunidade

Outro dado do Raio-X do Investidor mostra que os investimentos dos brasileiros normalmente duram nove anos. Uma terceira simulação, realizada pelo assessor de investimentos Jorge Luis Prado, sócio-fundador da Sal Investimentos, aponta que o investidor que tivesse mantido a alocação seguindo a média do varejo ao longo desse período e resgatasse os recursos hoje obteria um retorno absoluto de cerca de 90%, portanto abaixo do CDI (com variação de 134%).

Já o investidor que tivesse corrido atrás de uma rentabilidade melhor e colocado seu patrimônio em um CDB com retorno de 120% do CDI teria alcançado uma rentabilidade de quase 180% no período. “É um investimento que teria respeitado o perfil conservador, pois ficaria dentro da proteção do FGC. Não basta poupar, é preciso saber investir”, destaca o assessor de investimentos.

Premissas

Para chegar aos valores apontados, os especialistas precisaram adotar arbitrariamente uma série de premissas: a inflação do imóvel seria a mesma marcada pelo IPCA, estimado em 3,5% ao ano; a taxa Selic ficaria entre 6% e 6,5% ao ano; e o Imposto de Renda seria de 15%, já que o resgate ocorreria com mais de dois anos de aplicação.

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Fonte: Infomoney Blog Epolitica

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