Economia

Ministro vê capitalização da Eletrobras em 2021; BlackRock compra ações de Via Varejo e Notre Dame e vende de IRB e Cogna

A Neoenergia , representada pela Bahia Geração de Energia, venceu o leilão pela distribuidora de energia elétrica CEB-D, que atende aos consumidores do Distrito Federal. A empresa ofereceu R$ 2,515 bilhões em lance vencedor, o que representou um ágio de 76,63% em relação ao valor mínimo de R$ 1,4 bilhão e superou as concorrentes CPFL Energia e Equatorial.

Na primeira etapa do leilão, de abertura dos envelopes com as propostas econômicas, a Neoenergia já havia apresentado o melhor lance, de R$ 2,2 bilhões, dando uma mostra de seu apetite. A CPFL Energia (CPFE3) ofereceu lance de R$ 1,95 bilhão, nesta etapa, enquanto Equatorial Energia propôs R$ 1,485 bilhão.

Conforme estabelecido no edital, foi aberta segunda fase de ofertas, com lances a viva-voz e CPFL Energia e Neoenergia seguiram em intensa disputa, impulsionando o ágio. Equatorial, embora pudesse, não chegou a apresentar lances nesta fase.

A grande surpresa do leilão foi a ausência da Enel. O grupo italiano era visto por especialistas no setor elétrico como grande favorito, tendo em vista o maior potencial de sinergias, já que opera a concessionária de distribuição de Goiás, atual Enel Goiás, que circunda a área de concessão da CEB-D. No entanto, semana passada o presidente global do grupo, Francesco Starace, já havia sinalizado que poderia ficar de fora da disputa.

Starace comentou que a operação brasileira tinha desbalanceamento entre as operações da companhia nos segmentos de geração e distribuição, e no momento a empresa precisa adicionar mais ativos geração. Além disso, ele comentou que, embora seguisse avaliando potenciais ativos de distribuição, nem todos seriam do interesse da companhia, “seja por conta da posição no País ou porque talvez há expectativas irreais do lado vendedor”. Havia comentários de que o valor mínimo proposto já estaria elevado.

A CEB-D possui cerca de 1,1 milhão de clientes em uma área considerava atraente, tendo em vista a alta densidade populacional e o alto poder aquisitivo, com PIB per capita quase 2,5 vezes a média brasileira.

Os termos da vitória da Neonergia na disputa, contudo, não agradaram o Credit Suisse, pois os múltiplos implícitos não deixam espaço para muitos upsides, avaliam os analistas, mesmo com grandes ganhos potenciais em perdas e custos. “A empresa precisa detalhar premissas e explicar a estratégia de alocação de capital”, avaliam os analistas.

Copel (CPLE6)

A elétrica paranaense Copel concluiu nesta semana um plano de demissão incentivada (PDI) com o desligamento de 311 funcionários, informou a empresa em comunicado, anunciando também o lançamento de um novo PDI.

De acordo com a empresa, o plano encerrado na última terça-feira possui perspectiva de redução de custo anual de R$ 68,1 milhões, enquanto o montante das indenizações totalizou R$ 36,6 milhões, sendo desligados 196 empregados da Copel Distribuição, 71 da Copel GeT, 31 da Copel Holding, 12 da Copel Telecom e um da Copel Comercialização, acrescentou a companhia.

O novo PDI, por sua vez, é destinado a funcionários lotados no call center da Copel Distribuição que atuem nas funções de monitor de teleatendimento, monitor de suporte de teleatendimento e teleatendente, disse a empresa, que vê 375 empregados enquadrados nos requisitos de adesão.

O Credit Suisse avalia os desligamentos como “levemente positivo”, à medida que o plano foi concluído próximo ao seu potencial total. O Credit Suisse diz que o novo programa deve poupar R$ 20 milhões por ano a partir de 2022.

Petrobras (PETR3;PETR4)

O noticiário sobre venda de ativos continua no radar da Petrobras. Em comunicado, ela informou que concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia.

“Conforme prevê a Sistemática de Desinvestimos da Petrobras, o processo está, atualmente, em fase de nova rodada de propostas vinculantes. Nesta nova rodada a Petrobras solicitou a todos os participantes que submeteram propostas vinculantes, inclusive o Grupo Mubadala, que apresentem suas ofertas finais com base nas versões negociadas dos contratos com o Mubadala. A Petrobras espera receber essas ofertas em janeiro de 2021”, destacou.

Já em relação à Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (LUBNOR) e à Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a companhia informa que também já recebeu propostas pelos dois ativos.

O jornal O Globo, por sua vez, informa que a estatal fará uma nova licitação para a venda do polo de Urucu, localizado na Bacia do Solimões (AM).  Segundo o colunista Lauro Jardim, a 3R, que no certame anterior fez uma oferta de US$ 1,1 bilhão (contra uma oferta de US$ 600 milhões feita pela Eneva), não conseguiu apresentar as garantias bancárias da operação.

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