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Lugar de mulher é na Contabilidade

Mulheres mais números mais liderança é igual à eficácia

Se para alguns os traços comportamentais do gênero feminino são vistos, de forma preconceituosa, como um obstáculo no mercado de trabalho, a Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco, contadora Dorgivânia Arraes, destaca as características que tornam as mulheres líderes de sucesso. “A mulher tem habilidades que direcionam ao pensamento horizontal, encorajando seus filhos, a família, os colaboradores. Sempre pré-disposta às mudanças, a mulher exerce a resiliência diariamente, fortalecendo a identidade do grupo ao qual está inserida, porque pensa de forma equilibrada, sensível, sempre contribuindo para uma sociedade mais justa, humana e pautada nos princípios éticos”, afirma.

Já a vice-presidente Sandra Campos fala das qualidades que tornam o sexo feminino habilidoso com as funções mais técnicas. “Talvez a nossa atenção a detalhes, a paciência e a capacidade de lidar com vários fatores ao mesmo tempo, sem perder o foco em nenhum deles. Gosto de dizer que só as mulheres sabem usar os cinco sentidos ao mesmo tempo e, ainda, estar sintonizadas caso o sexto sentido se manifeste”.

É importante destacar que, atualmente, contadoras de diferentes gerações, assim como as futuras profissionais, são representadas por um número crescente de mulheres que ocupam postos de impacto na sociedade.

A oportunidade de ocupar cargos de liderança em sua carreira é vista com orgulho pela vice-presidente de Controle Interno do CFC, contadora Vitoria Maria da Silva. “Significa o reconhecimento da categoria ao trabalho que desenvolvi nas entidades de classe. Como dizem que os melhores líderes são aqueles que, quando se vão, deixam no lugar pessoas que os superem com folga, acredito que comigo foi assim no sindicado, onde fui a primeira mulher a presidi-lo, e, no CRCRJ, onde ocupei diversos cargos, de suplente à presidência.”

Além das líderes do Sistema CFC/CRCs, outras mulheres vêm sendo referência para classe contábil. Uma delas é a Subsecretária de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Gildenora Batista Dantas Milhomem, que sabe descrever bem os diferenciais femininos ao desempenhar seus trabalhos, seja no campo público ou privado.  “A mulher tem um diferencial, ela tem alguns atributos, algumas características pessoais que fazem a diferença no mercado, dentre eles, ela é um pouco mais minuciosa, detalhista, mas sem perder a celeridade e a agilidade nessa entrega. Ela, por sua vez, também tem um senso de responsabilidade aguçado, uma responsabilidade inclusive social, por desempenhar vários papéis ao mesmo tempo, de mulher, de profissional, de mãe, de esposa, de filha. Atuante no mercado, ela se vê também nessa facilidade de transitar entre esses vários papéis e fazer as suas devidas entregas”.

Quem reforça essa lista de mulheres que inspiram é a diretora de Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP) do Ibracon, Monica Foerster. Experiente na dinâmica do mercado de trabalho, ela fala da capacidade feminina para os cargos de comando. “Mulheres em cargos estratégicos e de liderança geram exemplo e estímulo a outras mulheres, dentro de uma visão de sororidade. Os desafios enfrentados pelas mulheres ainda são muito relevantes e a identificação permite um fortalecimento e valorização das mulheres em todos os níveis. Na sociedade, o impacto é geral e perceptível. Mulheres endereçam um tom distinto, através da empatia e da integração entre todos, o que produz uma otimização dos resultados alcançados e um processo mais fluido e holístico.”

 

Próximos passos

A Conselheira Nilva Pasetto é taxativa ao falar sobre os novos capítulos que precisam ser escritos sobre as conquistas femininas. “Como diz o ditado popular, ‘lugar de mulher é onde ela quiser’. Concordo. Ela pode estar onde quiser, no entanto, ainda temos discrepância. O rendimento médio mensal é 22% menor do que o dos homens, refletindo inclusive na sua aposentadoria; políticas públicas se esquecem de focar em necessidades das mulheres, como exemplo, a falta de creches que tira a mulher do trabalho”, recorda.

A crescente presença feminina em cargos que, nosso passado, tinham prevalência de homens é um dos caminhos para a mudança de mentalidade da sociedade. É isso que diz a presidente do CRCRS, Ana Tércia Lopes Rodrigues. “Estamos vivendo um período de mudanças profundas na sociedade e no ambiente empresarial. Ao chegarmos nesses espaços de poder com segurança, maturidade e competência técnica, passamos a mensagem que estamos preparadas para os desafios e que temos muito a contribuir em todos os setores da economia”, afirma.

A vice-presidente Lucélia Lecheta acredita na integração entre todos nessa caminhada. “Eu sigo com o mesmo pensamento: Juntos somos mais fortes, temos que trabalhar homens e mulheres sempre unidos.”

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