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Lugar de mulher é na Contabilidade

Por Lorena Molter
Comunicação CFC com Apex

Assista a mensagem do presidente do CFC, Zulmir Breda, em homenagem do Dia Internacional da Mulher.

Os números são claros: A presença de mulheres na classe contábil vem crescendo nos últimos anos. De 1996 a 2019, a quantidade de contadoras no mercado de trabalho passou de 27,45% para 42,77%. Dentro do Sistema CFC/CRCs, outros dados podem ser destacados. Hoje, esse universo conta com três vice-presidentes no Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e dez mulheres à frente de Conselhos Regionais (CRCs) sediados em todas as regiões do país.

“Vejo o aumento das mulheres na contabilidade como algo de grande importância, principalmente, quando falamos de liderança. Isso demonstra que a criação do Movimento da Mulher Contabilista no passado gerou frutos”, ressalta a presidente da Associação Interamericana de Contabilidade (AIC), Maria Clara Bugarim.

Pioneira em diferentes momentos de sua carreira, Bugarim foi a primeira presidente mulher do CRCAL, da Fundação Brasileira de Contabilidade, do CFC, da ABRACICON e da Associação Interamericana de Contabilidade, onde está atualmente. Fora do âmbito das entidades de classe, foi a primeira mulher a ser Auditora-Geral do Estado do Alagoas.

Ao observar sua caminhada, a contadora diz sentir alegria por abrir espaço para as outras gerações. “Eu não vejo tudo isso de forma envaidecida. Na verdade, o que me deixa feliz é observar que outras mulheres chegam e ocupam esse espaço. A partir do momento que essas oportunidades foram dadas, essa resposta é natural. O movimento se consolidou graças àquelas que lutaram no passado”, relata.

A vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CFC, Contadora Sandra Maria de Carvalho Campos, ressalta que na área contábil a presença feminina é valorizada. “Temos a sorte de ter uma profissão em que o fator sexo não é preponderante. Em quase 40 anos de formada, nunca percebi ou sofri discriminação na minha profissão por ser mulher. Até nisso a contabilidade se destaca: nela o que vale é a competência e não o sexo do profissional”, afirma.

A mesma opinião é compartilhada pela vice-presidente de Registro do CFC e primeira presidente do CRC Paraná, Contadora Lucélia Lecheta, que considera ter seu espaço na área. “Eu gosto sempre de ressaltar que eu tive sempre o apoio dos homens, tanto dos conselheiros como dos profissionais da contabilidade do sexo masculino, que nunca viram em mim uma pessoa, por ser mulher, menos preparada ou mais frágil.”

O trabalho focado na busca pela valorização das contadoras faz parte da história do Sistema CFC/CRCs. Um exemplo disso é a atuação da Comissão Nacional da Mulher Contabilista. Criada há cerca de 30 anos, a iniciativa visa promover a participação da mulher no desenvolvimento da profissão contábil, incentivar seu lado empreendedor, sua participação na política e estimular a sua efetiva contribuição à vida social e política do país.

De acordo com a presidente da Comissão, a contadora e Conselheira do CFC Nilva Amália Pasetto, as atividades desse movimento impactaram positivamente na presença feminina na área. “Incentivou milhares de mulheres a buscar a contabilidade e a ocupar seus espaços nas lideranças das entidades da classe”, pontua.

Nilva Pasetto explica como é a dinâmica da Comissão Nacional, que engloba o Brasil todo. “Em cada Estado e Distrito Federal, temos uma coordenadora que, dentro das diretrizes gerais da comissão nacional, respeitando o perfil do seu público, promove reuniões, debates, seminários com temas técnicos, comportamentais e de gestão com uma visão inovadora e inclusiva dando oportunidade para as mulheres discutirem sobre seu papel como protagonistas de causas transformadoras para que se sintam preparadas para as mudanças.”

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