Política

Lucro da Gerdau cai 51% e mais empresas divulgam balanços; Petrobras tem apoio para pulverizar controle da Braskem e outros destaques

SÃO PAULO – O noticiário corporativo é movimentado na sessão desta quarta-feira, com destaque para os resultados de Gerdau, TIM e Vivo, entre outras companhais.

A Gerdau, que divulgou seus números durante a manhã, teve queda de 51% do lucro líquido no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 221 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado caiu 24%, a R$ 1,18 bilhão. A receita líquida, por sua vez, teve queda de 8%, a R$ 9,23 bilhões.

Ainda no radar, o CEO da Petrobras afirmou em evento online que a estatal tem apoio para pulverizar controle da Braskem. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4) e Braskem (BRKM5)

Em evento online promovido pelo Credit Suisse na última terça-feira, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, afirmou que a estatal obteve apoio da Odebrecht para transformar a Braskem em uma empresa sem controle definido, facilitando assim uma futura venda de sua participação na petroquímica via mercado de capitais. As informações são da Reuters.

O executivo ponderou, contudo, que é preciso aguardar uma melhora do cenário econômico mundial para que as operações necessárias possam ser realizadas— atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, a transação poderia não ser atrativa.

“Vejo que temos boa oportunidade na medida em que a economia mundial se recupere, a volatilidade baixe, então vamos ter condições de sair via mercado de capitais”, disse Castello Branco.

TIM Participações (TIMP3)

A TIM Brasil teve lucro líquido normalizado de R$ 164 milhões no primeiro trimestre de 2020, alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2019, conforme balanço publicado nesta terça-feira, 5. As principais alavancas para o crescimento do lucro foram o controle de custos e despesas, o aumento da receita com serviço móvel e o aumento da receita com a banda larga TIM Live.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado somou R$ 1,926 bilhão, aumento de 8,0% na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu de 42,6% para 45,7%, resultante do aumento da receita e dos cortes de custos. A receita líquida totalizou R$ 4,215 bilhões nos primeiros três meses do ano, crescimento de 0,6%.

Os custos operacionais normalizados atingiram R$ 2,289 bilhões, baixa de 4,9%. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 255 milhões, montante 3,0% menor do que um ano antes. Os dados no critério normalizado excluem receitas e despesas associados aos contratos comerciais de torres e são ajustados por impostos diferidos. Fora do critério normalizado, o lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 162 milhões, alta de 34,8%, e o Ebitda de R$ 1,924 bilhão, alta de 7,9%.

Vivo (VIVT4)

A Telefônica Brasil registrou queda 14,1% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, totalizando R$ 1,153 bilhão, com as maiores despesas com impostos e depreciação ofuscaram a melhora de resultados operacionais.

Já a receita operacional líquida teve queda de 1,4%, para R$ 10,8 bilhões.

A empresa fechou março com uma fatia de 33% no mercado de telefonia móvel, alta de 1,7% base total de clientes com acessos (74,7 milhões).

Alpargatas (ALPA4)

A Alpargatas registrou lucro líquido de R$ 50 milhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 27,6% ante aos R$ 69 milhões anteriores.

Já a receita líquida da Alpargatas foi de R$ 747 milhões, a uma queda de 8,8%. No Brasil, a receita caiu 10%, para R$ 549,5 milhões, com redução em todos os negócios nacionais (Havaianas Brasil, Mizuno e Osklen). No exterior o lucrou caiu 5%, para R$ 197,5 milhões.

O Ebitda recorrente caiu 43%, indo para R$ 72 milhões. A margem Ebitda teve baixa de 5,8 pontos percentuais, a 9,7%.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau teve queda de 51% do lucro líquido no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 221 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado caiu 24%, a R$ 1,18 bilhão. A receita líquida, por sua vez, teve queda de 8%, a R$ 9,23 bilhões.

A Gerdau anunciou novas estimativas, vendo capex no ano de R$ 1,60 bilhão, ante previsão de R$
2,60 bilhões. A empresa agora estima investimentos de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2021, contra R$ 7 bilhões anteriormente.

Embraer (EMBR3)

Segundo o Estadão/Broadcast, a Embraer contratou o Itaú Unibanco para assessorar no pacote de socorro que está sendo costurado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O resgate, que ocorre após a união frustrada com a Boeing, pode ficar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, de acordo com três fontes consultadas pela publicação.

A operação deve contar ainda com o apoio de outros bancos privados que foram convidados, mas ainda não estão envolvidos nas negociações. Nos próximos dias, o banco de fomento deve convocar essas instituições para, juntos, trabalharem no pacote de ajuda à Embraer.

Os bancos privados têm interesse no negócio principalmente se ele envolver concessão de crédito, e não compra de participação na fabricante de aviões. Com a entrada de Itaú, Bradesco e Santander, o pacote de ajuda deve envolver crédito novo e alongamento de prazo de dívidas já contratadas. Também são consideradas novas emissões de títulos de dívida, como debêntures e bônus de subscrição de ações (no qual os acionistas têm preferência de compra).

Tecnisa (TCSA3)

O grupamento de ações da Tecnisa na proporção de 10 para 1 foi aprovado em assembleia de
acionistas nesta terça-feira, segundo comunicado.  Será agrupada a totalidade das 736.192.307 ações ordinárias de emissão da companhia.

Entre 6 de maio e 4 de junho, os acionistas poderão realizar ajustes em suas posições acionárias em lotes múltiplos de 10 ações ordinárias de emissão a fim de preservar a titularidade de um número inteiro de ações após o grupamento.

O grupamento será efetivado no dia útil seguinte ao encerramento do prazo para ajuste da posição acionária, de 30 dias a contar da data da AGE, de modo que as ações de emissão passarão a ser
negociadas de forma exclusivamente agrupada a partir de 5 de junho.

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Fonte: Infomoney Blog Epolitica

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