IPCA foi de 0,75% em março de 2019
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de março foi de 0,75% e ficou 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,43%). Esta foi a maior taxa para um mês de março desde março de 2015 (1,32%). A variação acumulada no ano foi de 1,51%, a maior para o período desde 2016 (2,62%). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,58%, contra os 3,89% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2018, a taxa foi de 0,09%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período | Taxa |
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Março de 2019 | 0,75% |
Fevereiro de 2019 | 0,43% |
Março de 2018 | 0,09% |
Acumulado no ano | 1,51% |
Acumulado nos 12 meses | 4,58% |
O resultado do IPCA de março sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (1,37%) e Transportes (1,44%). Juntos, estes dois grupos, que representam cerca de 43% das despesas das famílias, responderam por 80% do índice do mês, com impactos de 0,34 p.p. e 0,26 p.p., respectivamente. Comunicação, com -0,22%, foi o único grupo que apresentou deflação em março. Os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Fevereiro | Março | Fevereiro | Março | |
Índice Geral | 0,43 | 0,75 | 0,43 | 0,75 |
Alimentação e Bebidas | 0,78 | 1,37 | 0,19 | 0,34 |
Habitação | 0,38 | 0,25 | 0,06 | 0,04 |
Artigos de Residência | 0,20 | 0,27 | 0,01 | 0,01 |
Vestuário | -0,33 | 0,45 | -0,02 | 0,02 |
Transportes | -0,34 | 1,44 | -0,06 | 0,26 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,49 | 0,42 | 0,06 | 0,05 |
Despesas Pessoais | 0,18 | 0,16 | 0,02 | 0,02 |
Educação | 3,53 | 0,32 | 0,17 | 0,02 |
Comunicação | 0,00 | -0,22 | 0,00 | -0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo Alimentação e bebidas se destacou com o maior impacto (0,34p.p.) e a segunda maior variação (1,37%) dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio registrou alta de 2,07%, com as regiões variando desde o 0,80% de Rio Branco ao 3,38% de São Luís. Os itens que sobressaíram são: o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca (12,93%) e as frutas (4,26%).
Nos Transportes, após a deflação (-0,34%) de fevereiro, o índice apresentou forte aceleração (1,44%), a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Os combustíveis (3,49%) foram os principais responsáveis pela alta, com a gasolina custando, em média, 2,88% a mais. As variações ficaram entre os -2,47% de Goiânia e os 8,54% da região metropolitana de Fortaleza. Quanto ao etanol, cuja alta foi de 7,02%, novamente Goiânia foi a única área a registrar queda de preços (-4,37%). A maior variação foi de 8,57% na região metropolitana de São Paulo.
Outras contribuições positivas no grupo dos Transportes vêm dos itens passagem aérea (7,29%) e do ônibus urbano (0,90%), ambos com 0,03 p.p. Este último contempla os reajustes de 9,30% nas tarifas em Porto Alegre (5,12%), em vigor desde 13 de março, de 7,81% em Recife (7,19%) e de 5,88% em Curitiba (5,41%), ambos a partir de 02 de março. Destaca-se também o trem (2,07%), em razão do reajuste de 27,30% nas tarifas em Porto Alegre (14,85%), em vigor desde 13 de março.