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Em março, IBGE prevê alta de 1,6% na safra de grãos de 2019

Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 230,1 milhões de toneladas, 1,6% acima da safra de 2018 (mais 3,6 milhões de toneladas) e 0,6% superior ao obtido na 2ª estimativa (mais 1,3 milhão de toneladas). Já a área a ser colhida é de 62,3 milhões de hectares, 2,3% maior que a de 2018 (mais 1,4 milhão de ha) e 0,6% maior que a 2ª estimativa (mais 399,4 mil ha).

Estimativa de Março para 2019 230,1 milhões de toneladas
Variação safra 2019/safra 2018 1,6% (3,6 milhões de toneladas)
Variação safra 2019 / 2ª estimativa 2019 0,6% (1,3 milhão de toneladas)

O arroz, o milho e a soja representam 93,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 4,8% na área do milho, 2,0% na área da soja e queda de 10,0% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,5% para a soja, de 10,6% para o arroz e acréscimo de 11,9% para o milho. Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 27,0%, seguido pelo Paraná (15,9%) e Rio Grande do Sul (14,7%). Somados, esses três estados representaram 57,6% do total nacional. O material de apoio do LSPA está à direita dessa página.

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição regional: Centro-Oeste (103,4 milhões de toneladas); Sul (77,0 milhões de toneladas); Sudeste (21,9 milhões de toneladas); Nordeste (18,9 milhões de toneladas) e Norte (8,9 milhões de toneladas). Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 2,4% na Região Centro-Oeste e de 3,3% na Região Sul. Houve quedas de 4,4% na Região Sudeste e 1,2% na Região Nordeste. Na Região Norte não houve variação.

Destaques na estimativa de março de 2019 em relação a fevereiro

Em março, destacaram-se as seguintes variações percentuais: algodão herbáceo (12,2%), feijão 1ª safra (8,7%), feijão 2ª safra (7,2%), milho 2ª safra (3,4%), cana-de-açúcar (1,8%), mandioca (1,6%), café arábica (1,3%), Café canephora (0,0%), soja (-0,8%), milho 1ª safra (-1,7%), tomate (-4,6%), sorgo (-7,9%) e feijão 3ª safra (-13,3%%).

Em números absolutos, os destaques ficaram com a cana-de-açúcar (11.855.427 t), o milho 2ª safra (2.124.491 t), o algodão herbáceo (677.418 t), a mandioca (315.629 t), feijão 1ª safra (109.183 t), o feijão 2ª safra (85.172 t), o café arábica (29.824 t), o café canephora (11 t),  o feijão 3ª safra (-66.743 t), o sorgo (-182.231 t), o tomate (-199.859 t), o  milho 1ª safra (-446.927 t) e a soja (-876.964 t).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa da produção de algodão foi de 6,2 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% em relação ao mês anterior, constituindo-se em recorde da série histórica do IBGE. Preços compensadores para 2019 e resultados positivos das lavouras, em 2018, na Bahia e no Mato Grosso, em decorrência do clima mais chuvoso e preços favoráveis, foram fatores determinantes que estimularam o aumento dos investimentos nas lavouras de algodão para o ano corrente. O Brasil tem sido favorecido pela redução de oferta de algodão registrada em 2018 nos principais países produtores e o consumo deve aumentar, uma vez que os estoques chineses de pluma estão reduzidos.

A Bahia informou um crescimento de 8,6% na produção. As lavouras chegaram a ser prejudicadas pela falta de chuva, contudo, o retorno das mesmas proporcionou uma recuperação da produtividade em fevereiro/março. A produção estimada do Estado alcançou 1,4 milhão toneladas, correspondendo a 21,9% da safra a ser colhida pelo País este ano. No Mato Grosso, a estimativa da produção encontra-se em 4,2 milhões de toneladas, aumento de 12,8% em relação ao mês anterior. O Mato Grosso deve produzir 67,6% de todo algodão a ser colhido pelo País em 2019. Em relação a 2018, a produção deve crescer 26,7% maior. No Maranhão e no Piauí, as estimativas de produção encontram-se 25,2% e 143,7% maiores, respectivamente.

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café encontra-se em 3,2 milhões de toneladas, ou 53,9 milhões de sacas de 60 kg, redução de 10,0% em relação a 2018. Apesar da queda, essa é uma boa produção para ano de bienalidade negativa para o café arábica. Com relação ao café arábica, a produção estimada foi de 2,3 milhões de toneladas, ou 38,7 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,3% em relação ao mês anterior. Frente a 2018, a produção do café arábica caiu 13,8%, em decorrência da redução de 15,4% do rendimento médio. Em março, São Paulo elevou sua estimativa de produção em 9,5%. O Estado é o segundo maior produtor de arábica do País, participando com 12,8% do total a ser colhido. A produção paulista deve alcançar 297,2 mil toneladas, ou 5,0 milhões de sacas de 60 kg. A produção mineira deve alcançar 1,6 milhão de toneladas, ou 27,3 milhões de sacas de 60 kg. Minas Gerais é o maior produtor de café arábica do País, com participação de 70,6% do total a ser produzido.

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