IPCA-15 varia 0,09% em outubro
A deflação observada em Alimentação e bebidas (-0,25%) resulta da queda nos preços do grupamento alimentação no domicílio, que recuaram 0,38%. Os principais impactos negativos vieram da cebola (-17,65%), com -0,04 p.p., e da batata-inglesa (-14,00%), com -0,03 p.p. Os preços do tomate (-6,10%) também recuaram, embora a queda tenha sido menos intensa que a registrada no mês anterior (-24,83%). No lado das altas, destacam-se as carnes, cujos preços subiram 0,59%, frente à queda de 0,38% registrada em setembro.
A alimentação fora do domicílio ficou estável (0,00%) na comparação com o mês anterior. Se, por um lado, a refeição teve queda (-0,13%), por outro, o lanche veio com alta de 0,20%.
O grupo Habitação (-0,23%) apresentou a segunda maior variação negativa no índice do mês, influenciado pela queda observada no item energia elétrica (-1,43%). À exceção das regiões metropolitanas do Recife (0,14%) e de Salvador (2,52%), todas as demais áreas apresentaram queda de preços, que vão desde o -0,95% na região metropolitana de Porto Alegre até os -3,31% na região metropolitana de Fortaleza. Cabe destacar que, em outubro, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, em que há cobrança adicional de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em setembro, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, em que a cobrança adicional é de R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora.
Ainda em Habitação, o resultado de 0,18% da taxa de água e esgoto decorre do reajuste de 4,87%, vigente desde o dia 1º de outubro, nas tarifas praticadas na região metropolitana do Rio de Janeiro (1,85%).
No que concerne aos índices regionais, três das onze regiões pesquisadas apresentaram deflação de setembro para outubro, conforme mostra a tabela a seguir. O menor resultado foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (-0,08%), em função da queda observada no item energia elétrica (-3,31%). Já o maior índice ficou com a região metropolitana de Belém (0,28%), influenciado pelas altas dos itens higiene pessoal (1,89%) e gás de botijão (3,58%), ambos com 0,07 p.p. de impacto.
IPCA-15 – Regiões | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Belém | 4,65 | 0,04 | 0,28 | 3,03 | 3,56 |
Goiânia | 4,44 | 0,54 | 0,22 | 2,15 | 2,37 |
Salvador | 7,35 | -0,04 | 0,20 | 2,78 | 2,59 |
Brasília | 3,46 | -0,02 | 0,20 | 2,02 | 1,97 |
Rio de Janeiro | 12,46 | -0,10 | 0,18 | 2,50 | 2,66 |
Belo Horizonte | 11,23 | -0,04 | 0,15 | 2,81 | 2,73 |
São Paulo | 31,68 | 0,19 | 0,06 | 2,94 | 2,91 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,02 | 0,00 | 2,65 | 2,72 |
Curitiba | 7,79 | 0,21 | -0,07 | 1,93 | 1,86 |
Recife | 5,05 | 0,10 | -0,07 | 2,76 | 2,81 |
Fortaleza | 3,49 | 0,24 | -0,08 | 3,51 | 3,70 |
Brasil | 100,00 | 0,09 | 0,09 | 2,69 | 2,72 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |