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IPCA-15 fica em -0,01% em abril

Ainda em Transportes, outros itens também recuaram em abril, como o seguro voluntário de veículo (-2,74%), o transporte por aplicativo (-3,11%) e o aluguel de veículo (-7,68%). Por outro lado, as passagens aéreas subiram 14,83%, após três meses consecutivos de quedas. Além disso, o item ônibus urbano (0,36%) teve variação positiva, decorrente do reajuste de 5,00% no preço das passagens em Salvador (4,28%), vigente desde 12 de março.

Também o grupo Artigos de residência (-3,19%) contribuiu com queda de -0,12 p.p sobre o índice do mês. Os eletrodomésticos e equipamentos e os artigos de tv, som e informática, cujos preços haviam subido em fevereiro e março, registraram quedas de 7,15% e 1,95%, respectivamente. Os itens de mobiliário (-4,00%) também caíram, contribuindo com -0,04 p.p. no índice do mês. No lado das altas, ressaltam-se as variações positivas nos itens roupa de cama (0,69%), roupa de banho (0,82%), artigos de iluminação (1,15%) e utensílios de vidro e louça (1,23%).

Entre os grupos em alta, Alimentação e bebidas (2,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,35%) e apresentou o maior impacto do IPCA-15 de abril, com 0,48 p.p. Destaque para a alimentação no domicílio, que subiu 3,14%. A cebola (35,79%) e o tomate (17,01%) aceleraram na relação a março, quando haviam subido 7,92% e 4,93%, respectivamente.

Já a batata-inglesa passou de uma queda de 1,02% em março para alta de 21,24% em abril. A cenoura (31,67%), por sua vez, registrou variação positiva pelo quarto mês consecutivo e acumula, em 2020, alta de 102,71%.

Merecem destaque, ainda, as frutas, cujos preços subiram 8,84% em abril, contribuindo com 0,07 p.p. no IPCA-15 do mês. Já os preços das carnes (-0,27%) recuaram pelo terceiro mês consecutivo, embora menos intensamente do que fevereiro (-5,04%) e março (-1,81%).

A alimentação fora do domicílio também acelerou de março (0,03%) para abril (0,94%), influenciada pela alta do lanche (3,23%). O item refeição (0,05%) ficou próximo da estabilidade.

Em Habitação (0,12%), destacam-se, em particular, as altas do gás de botijão (0,82%) e da taxa de água e esgoto (0,28%), esta última decorrente do reajuste médio de 6,23% em uma das concessionárias de Porto Alegre (2,65%), vigente desde 21 de março. No item energia elétrica (-0,10%), a maior variação foi observada no Rio de Janeiro (5,21%), por conta dos reajustes aplicados nas tarifas residenciais de duas concessionárias, ambos válidos a partir de 15 de março. Vale lembrar que, em abril, permanece em vigor a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Por fim, destaca-se que o resultado do item gás encanado (-0,27%) é consequência da redução média de 0,85% nas tarifas em São Paulo (-0,45%), aplicada a partir de 2 de março.

Seis das onze regiões pesquisadas tiveram deflação em abril. O maior índice foi na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,61%), influenciado pela alta da energia elétrica. Já o menor resultado foi no município de Goiânia (-0,52%), por conta das quedas nos preços dos combustíveis (-8,13%), especialmente gasolina (-6,93%) e etanol (-14,38%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação Acumulada (%) 
Março Abril Ano 12 meses
Rio de Janeiro 9,77 -0,03 0,61 1,03 2,27
Recife 4,71 0,32 0,17 1,42 2,59
Salvador 7,19 0,10 0,09 1,16 2,64
Fortaleza 3,88 0,44 0,02 1,81 3,76
Belo Horizonte 10,04 0,23 0,00 1,17 3,26
Porto Alegre 8,61 -0,20 -0,04 0,74 2,40
São Paulo 33,45 -0,03 -0,05 1,11 3,33
Belém 4,46 0,05 -0,16 1,04 3,89
Curitiba 8,09 0,13 -0,21 0,42 2,72
Brasília 4,84 -0,02 -0,40 0,06 1,99
Goiânia 4,96 -0,50 -0,52 -0,22 2,87
Brasil 100,00 0,02 -0,01 0,94 2,92
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, SistemaNacional de Índices de Preços ao Consumidor.  

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