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Índice de Preços ao Produtor varia 0,43% em fevereiro

Destacaram-se os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em fevereiro, os preços das indústrias extrativas subiram 7,97%, sua primeira alta após quatro meses de queda. O acumulado do ano teve variação negativa
(-0,23%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 22,02%, a maior variação observada para a indústria geral. As indústrias extrativas contribuíram com 0,31 p.p. sobre o IPP da indústria geral em relação a janeiro (0,43%), e com -0,01 p.p. sobre o IPP acumulado no ano (-0,33%).

Alimentos: os preços do setor, na comparação mês contra mês anterior, variaram em média -0,53%, segundo resultado negativo consecutivo. Com isso, o acumulado no ano estava, em fevereiro, em -1,51%. Apesar dos resultados negativos dos dois primeiros meses do ano, os preços de fevereiro de 2019 eram 6,86% maiores do que os de fevereiro de 2018, resultado que é menor do que as comparações de janeiro 2019/janeiro 2018 e de dezembro 2018/dezembro de 2017, 8,34% e 8,25%, respectivamente.

O setor de alimentos exerceu a quarta principal influência no IPP em relação a janeiro (- 0,12 p.p. em 0,43%) e a terceira no acumulado do ano (-0,34 p.p. em -0,33%). Somente em dezembro de 2019, quando a série nova terá 13 informações, será possível calcular a influência na comparação com o mesmo mês do ano anterior (M/M-12). Em termos de variação e de influência, dois produtos se destacam: “carnes de bovinos congeladas” e “resíduos da extração de soja”, ambos com variação negativa.

A única influência positiva no setor de alimentos veio de “açúcar VHP (very high polarization)”. A queda nos preços do derivado de soja e de “carnes de bovinos congeladas” explica-se pela apreciação do Real no mês (de 0,5%). No caso do “açúcar VHP”, o aumento está em linha com o mercado mundial.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em fevereiro, os preços do setor, frente a janeiro, variaram 4,22%, maior taxa desde setembro de 2018 (7,43%). Com isso, a variação acumulada até fevereiro foi de 5,42% e, na comparação com fevereiro 2018, de 12,59%. O setor foi um dos quatro que influíram em todos os indicadores calculados (de variação ou de influência). Assim, em termos de variação: foi a segunda maior em relação a janeiro, a primeira no acumulado e a terceira na comparação com fevereiro de 2018. Em termos de influência, foi a primeira em relação a janeiro (0,40 p.p. em 0,43%) e no acumulado (0,50 p.p. em -0,33%).

São os mesmos produtos destacados em termos de variação e influência, todos com variação positiva. A influência dos quatro produtos foi de 4,27 p.p. em 4,22% (o restante da influência, -0,05 p.p, se deve à variação observada nos outros seis produtos). Uma das diferenças entre a amostra anterior e a atual é considerar “óleos combustíveis, exceto diesel” e “óleo diesel” como dois produtos distintos. No mês de fevereiro, ambos se destacaram, mas o peso de cada um no cálculo é diferente. “óleos combustíveis, exceto diesel” pesa 5,26% e “óleo diesel”, 40,74% (os pesos dos produtos podem ser encontrados aqui.

Outros produtos químicos: a indústria química, em fevereiro, apresentou pelo quarto mês seguido uma variação média de preços negativa, neste caso de -1,85% em relação a janeiro, o que resultou, mesmo assim, em um acumulado nos últimos 12 meses de 9,94%, mas que no ano resultou em -5,02% de variação.

As duas variações negativas (no mês e no ano) fizeram a atividade liderar a queda de preços entre as 24 atividades analisadas na pesquisa. A redução de preços está muito ligada aos resultados internacionais, aos custos da matéria-prima importada e à queda de preços da nafta acumulada no ano. Vale a pena ressaltar que, das quatro maiores variações de preços da atividade no mês, três foram negativas, sendo que três dos produtos que foram destaque neste tipo de análise também o foram em termos de influência: “benzeno”, “fungicidas para uso na agricultura” e “propeno (propileno) não-saturado”, os dois primeiros com resultados negativos. O quarto produto com destaque na variação de preços foi o “etileno (eteno) não saturado” e em relação a influência dos resultados no mês aparece “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos fosfatados”, ambos com queda de preços.

Em relação aos resultados acumulados no ano, os quatro produtos de maior influência tiveram resultados negativos, são eles: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “benzeno”, “fungicidas para uso na agricultura” e “polipropileno (PP). Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior influenciaram o resultado negativo em -0,61 p.p. no resultado de variação de -1,85% no mês, ou seja, os demais 35 produtos contribuíram positivamente com -1,24 p.p.

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