Economia

Ibovespa Futuro cai corrigindo parte do rali das vacinas; dólar opera perto da estabilidade

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em baixa nesta quarta-feira (25) com correção depois do índice à vista subir mais de 2 mil pontos em dois pregões. No radar macroeconômico, os investidores esperam pela ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e pela divulgação da segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre.

Com a queda hoje, o mercado corrige uma parte do rali registrado devido à divulgação dos resultados de vacinas. As profilaxias de AztraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech e Moderna atingiram mais de 90% de eficácia na fase 3 de testes, o que deixa mais próxima a possibilidade de distribuição dessas vacinas para imunizar a população global. Na véspera, a autorização da transição de governo nos EUA e os primeiros nomes escolhidos por Joe Biden para compor sua equipe também animaram o mercado.

Ontem, o presidente americano Donald Trump veio a público em uma coletiva de imprensa para comentar a alta recorde do índice Dow Jones, que atingiu a marca de 30 mil pontos pela primeira vez. Porém, ele não respondeu a perguntas em um momento em que sua gestão finalmente abre espaço para a transição para aquela de Biden.

Às 09h13 (horário de Brasília), o índice futuro para dezembro caía 0,58%, aos 109.565 pontos.

O dólar futuro com vencimento em dezembro registrava queda de 0,15%, a R$ 5,366.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai dois pontos-base a 3,38%, DI para janeiro de 2023 tem queda de dois pontos-base a 5,17%, DI para janeiro de 2025 recua quatro pontos-base a 6,97% e o DI para janeiro de 2027 registra variação negativa de dois pontos-base a 7,72%.

Na Europa, economias importantes, como Reino Unido, França e Alemanha implementam novas medidas de restrição. A Espanha registrou 537 novas mortes na terça-feira, e a Itália, 853, o maior patamar desde março, quando os dados do país eram acompanhados mundialmente, como exemplo da gravidade que a crise de covid poderia atingir.

Já na terça, o governo francês anunciou o afrouxamento limitado do lockdown no país a partir de meados de dezembro. Alemanha e Espanha estudam implementar restrições sobre as reuniões de Natal e ano-novo, em uma tentativa de impedir a propagação do vírus no feriado.

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Na próxima segunda, governadores de estados alemães discutem a proposta de estender o lockdown até meados de dezembro, e implementar reuniões de, no máximo, dez pessoas durante a temporada de festas.

Vacinação no Brasil

Na terça-feira, o Brasil registrou 630 novas mortes por covid, tendo completado dez dias com tendência de alta na média móvel. Dessa forma, o país atingiu o patamar de 170.115 mortes por covid. Foram registrados 31.100 novos casos de infecção pela doença, e há indícios de que esse patamar deve continuar a crescer.

De acordo com o Imperial College de Londres, a taxa de transmissão da doença chegou a 1,3, o maior nível desde maio. Como a taxa está acima de 1, a transmissão cresce em ritmo exponencial. Cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 130, e cada 130, outras 169, e assim, sucessivamente.

No Rio, a rede pública de saúde registrou, pela primeira vez desde junho, fila para leitos de UTI para pacientes graves. O governo não apresentou plano de restrição de atividades, e o governador interino, Cláudio Castro, afirmou que pretende abrir mais leitos de hospitais e um plano de testagem em massa.

O grupo técnico do Ministério da Saúde encarregado de elaborar a estratégia de vacinação contra o vírus deve se reunir na segunda-feira e preparar a primeira versão do plano de vacinação, que deve ser consolidado antes mesmo de as principais vacinas em estudo no mundo serem aprovadas. Esse grupo é formado por funcionários ligados ao Conselho Nacional de Saúde e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sáude.

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