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Ibovespa afunda com correção global e preocupações com Covid-19

O Ibovespa encerrou o último pregão da semana em queda acentuada, recuando 2,54% aos 120.348 pontos nesta sexta-feira (15), acompanhando o movimento de realização de lucros observado nos mercados globais e pressionado pela correção em ações de maior liquidez, como de Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos. Na semana, a performance do índice brasileiro foi negativa em 3,78%. No mês, o Ibovespa acumula alta de 1,12%
A correção acontece após o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar na noite de ontem (14) sua proposta de pacote de estímulo à economia norte-americana, em US$ 1,9 trilhão. O plano inclui uma nova rodada de pagamentos diretos às famílias, suplementação do seguro desemprego, além de apoio financeiro aos estados e municípios para vacinação da população. Em Nova York, a correção levou o S&P 500 a recuar 0,72% na sessão, aos 3.768 pontos, enquanto o Dow Jones teve queda de 0,57%, aos 30.814 pontos e o Nasdaq encerrou em baixa de 0,87%, aos 12.998 pontos.
“O mercado já vinha esperando o anúncio, subindo na expectativa do pacote de estímulos e, agora, realiza lucros”, avalia Abner Gonçalves, sócio e líder da mesa de renda variável da BlueTrade, complementando que os investidores também devem colocar em xeque a possível aprovação do pacote. “Uma coisa é anunciar, outra é aprovar o pacote na Câmara. Apesar da maioria no Congresso, esse é um pacote agressivo e que pode enfrentar resistência”, comenta.
Gonçalves acredita ainda que o aumento de contaminações por Covid-19 em cidades no nordeste da China – o maior pico de casos dos últimos 10 meses – favoreceu o movimento de realização observado hoje. De acordo com a agência Reuters, embora os novos casos somem menos de 150 infecções por dia, a China se preocupa com a possibilidade de um salto exponencial em função da alta densidade populacional de suas cidades. Mais de 28 milhões de pessoas foram colocadas em lockdown pelas autoridades chinesas.
“Em termos de demanda, a Ásia tem sido o único ponto positivo”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital Management em Nova York. “Esse novo lockdown está atingindo o coração da demanda na Ásia. É um problema”, avalia.
O dólar fechou em forte alta contra o real, subindo 1,93% e negociado a R$ 5,30 na venda, puxado pelo ambiente arisco no exterior, mas também pela intensificação de temores sobre os rumos da pandemia no Brasil. Analistas acreditam que o ambiente político nacional também voltou a mexer com os preços, levando o real a fechar com o 2º pior desempenho no mundo.
Em relatório, estrategistas do Société Générale projetaram hoje que os prêmios de risco na curva de juros devem aumentar e que o dólar chegará a R$ 6,00, acreditando que os mercados devem esperar por mais deterioração fiscal no Brasil. Segundo o documento, o câmbio sofrerá com lento crescimento econômico, deterioração dos cenários fiscal e de dívida e baixos juros.
“Além disso, (Jair) Bolsonaro perdeu capital político nas eleições municipais de novembro, e a baixa visibilidade antes das eleições no Congresso em fevereiro tem prejudicado o cenário para reformas no curto prazo”, disse o banco francês. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
BTOW3: +5,11% a R$ 81,30
SUZB3: +2,50% a R$ 61,15
RAIL3: +2,27% a R$ 21,21
JHSF3: +2,05% a R$ 7,48
CPFE3: +1,51% a R$ 32,24
Maiores Baixas
CSNA3: -8,10% a R$ 34,36
LCAM3: -5,94% a R$ 28,83
GGBR4: -5,92% a R$ 26,08
GOAU4: -5,30% a R$ 11,80
SANB11: -5,00% a R$ 43,70

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Infoeconomico

Fonte: FORBES

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