Funeral online: você morre, mas sua vida digital fica
A ideia é que o robô fique disponível para conversar com os seus contatos mesmo depois que você se for. Também dá para conectá-lo ao Twitter ou ao Facebook, o que deixaria a Replika ainda mais afiada.
A programadora russa Eugenia Kuyda desenvolveu esse programa após a morte do melhor amigo, em 2015. Ela usou toda a memória digital do colega para alimentar um algoritmo de chatbot (tecnologia que simula respostas – como a Siri, do iOS).
A empresa sul-coreana Elrois está desenvolvendo um aplicativo que dá um passo além. É o With Me. Além da inteligência artificial, ele trará o rosto do falecido renderizado em 3D, de modo que cada “conversa” seja tão vívida quanto uma chamada de vídeo. Parece Black Mirror. E é mesmo. No episódio “Volto Já”, da segunda temporada, a protagonista usa um software assim para matar a saudade do marido falecido.
Com a evolução da inteligência artificial, e o fato de que boa parte das nossas vidas já acontece online, não é impossível que sistemas assim um dia se tornem indiscerníveis de uma pessoa real. Mas, claro, sempre vai faltar alguma coisa. E você sabe o que é.
Como escolher um herdeiro digital
Saiba preparar suas redes sociais para quando você não estiver mais por aqui.
Em “Configurações > Gerenciar conta”, escolha um contato herdeiro, que cuidará da sua página de memorial, ou peça para que a rede exclua o seu perfil após o falecimento.
O jeito mais fácil é entrar nas configurações da sua Google Conta e, na aba de pesquisa, procurar por “Gerenciador de contas inativas”. Nas opções, dá para escolher a partir de quanto tempo seu perfil deverá ser considerado inativo.
Só é possível remover o seu perfil após o pedido de um familiar ou contato próximo, feito por meio de um “Formulário de Privacidade”. Por ora, melhor deixar alguém avisado à moda antiga.
Fonte: G1