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Em setembro, produção industrial cai 1,8%

O setor produtor de bens de capital apontou expansão de 3,9% no índice mensal de setembro de 2018, quarto resultado positivo seguido, mas o menos acentuado dessa sequência. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pelo avanço no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (14,9%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhões, reboques e semirreboques, caminhão-trator para reboques e semirreboques e aviões.

As demais taxas positivas foram de bens de capital para construção (10,0%), agrícolas (5,6%) e para energia elétrica (3,2%). Já os impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-9,3%) e de uso misto (-0,8%).

Indústria avança 1,2% no 3º trimestre de 2018

Em bases trimestrais, o setor industrial, ao avançar 1,2% no terceiro trimestre de 2018, manteve o comportamento positivo presente desde o primeiro trimestre de 2017 (1,5%), mas mostrou perda de ritmo frente aos resultados do primeiro (2,8%) e segundo trimestres desse ano (1,7%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.

A redução na intensidade do crescimento da produção industrial também foi observada em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis, que passou de 11,3% no segundo trimestre para 7,1% no terceiro. Os setores de bens de capital (de 7,8% para 6,8%) e bens de consumo semi e não-duráveis (de 0,6% para -0,2%) também fizeram esse movimento entre esses dois períodos, enquanto o segmento de bens intermediários (de 0,6% para 0,7%) foi o único que apontou ganho.

Em 2018, Indústria acumula 1,9%

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,9%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 51,8% dos 805 produtos.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (16,5%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques e autopeças.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de metalurgia (5,5%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de celulose, papel e produtos de papel (5,8%), de máquinas e equipamentos (4,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (8,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,4%). Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a de produtos alimentícios (-3,9%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria. Vale destacar também os resultados negativos vindos dos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-4,3%).

Entre as grandes categorias, os resultados em 2018 mostram maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,6%) e bens de capital (8,5%), impulsionadas, em grande parte, por automóveis (15,2%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (11,1%), na primeira; e bens de capital para equipamentos de transporte (16,4%), na segunda.

Os setores de bens intermediários (1,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,1%) também acumularam taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (1,9%).

 


Fonte: IBGE