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Em setembro, produção industrial cai 1,8%

Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%), bens intermediários (-0,6%) e bens de capital (-0,5%) também recuaram, com o primeiro revertendo o comportamento positivo presente desde junho último; o segundo interrompendo a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018; e o terceiro voltando a recuar após crescer 7,3% no mês anterior.

Indústria recuou 2,0% em relação a setembro de 2017

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou recuo de 2,0% em setembro de 2018, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos. Vale citar que setembro de 2018 (19 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20).

Entre as atividades, o principal impacto negativo na indústria foi registrado por produtos alimentícios (-11,8%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas e rações. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%), de bebidas (-12,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,3%), de máquinas e equipamentos (-3,6%) e de móveis (-9,4%).

Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2017, entre os treze setores que apontaram ampliação na produção, metalurgia (9,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (22,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,9%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de celulose, papel e produtos de papel (6,8%), de outros produtos químicos (2,1%) e de produtos de metal (4,1%).

Ainda em relação a setembro de 2017, bens de consumo duráveis (-4,5%) e bens intermediários (-2,6%) tiveram os recuos mais intensos entre as grandes categorias econômicas. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,4%) também recuou, embora menos intensamente que a média nacional (-2,0%). A única alta veio de bens de capital (3,9%).

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou recuo de 4,5% em setembro de 2018 frente a igual período do ano anterior, interrompendo, dessa forma, três meses consecutivos de crescimento na produção: junho (14,6%), julho (17,0%) e agosto (9,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-2,6%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-14,7%). Também houve recuos em móveis (-11,6%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-1,0%). Já os impactos positivos mais importantes vieram de motocicletas (4,8%) e de outros eletrodomésticos (0,8%).

A produção de bens intermediários, ao recuar 2,6% no índice mensal de setembro de 2018, interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas: junho (2,1%), julho (3,8%) e agosto (0,9%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nas atividades de produtos alimentícios (-21,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%), de produtos têxteis (-4,9%), de máquinas e equipamentos (-2,5%) e de produtos de borracha e de material plástico (-0,6%), enquanto as pressões positivas vieram da metalurgia (9,0%), celulose, papel e produtos de papel (7,9%), produtos de metal (5,0%), outros produtos químicos (2,1%), produtos de minerais não-metálicos (1,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e indústrias extrativas (0,2%).

Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos de insumos típicos para construção civil (1,0%), quarto mês consecutivo de crescimento na produção; e de embalagens (3,9%), que marcou o quarto avanço seguido nesse tipo de comparação, mas que foi o menos acentuado dessa sequência.

Ainda em relação a igual mês de 2017, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,4% em setembro de 2018, segunda taxa negativa consecutiva e mais intensa que a do mês anterior (-0,6%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,1%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas, cervejas, chope, refrigerantes e vinhos de uvas. Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos subsetores de carburantes (-4,5%) e de semiduráveis (-3,7%).

Por outro lado, o grupamento de não-duráveis (6,8%) apontou a única taxa positiva nessa categoria, impulsionado, principalmente, pela expansão na produção de medicamentos e impressos para fins publicitários ou promocionais em papel.