Central Notícias

Em setembro, indústria cresce em dez dos 15 locais pesquisados

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou acréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em setembro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após registrar variação positiva de 0,1% em agosto último, quando interrompeu a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, doze dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Mato Grosso (2,7%), Rio de Janeiro (2,4%), Minas Gerais (1,4%), Bahia (1,3%), Paraná (1,3%) e Espírito Santo (1,0%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-1,0%), Amazonas (-0,4%) e Pará (-0,3%) mostraram os recuos em setembro de 2019.

Na comparação com setembro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1,1% em setembro de 2019, com seis dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que setembro de 2019 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (19). Nesse mês, Amazonas (16,7%) assinalou expansão de dois dígitos e a mais intensa, impulsionada, principalmente, pelo aumento observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva, óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica), de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores), de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios) e de máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado de paredes e de janelas – inclusive os do tipo split system – e terminais comerciais de autoatendimento). Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (7,0%), Santa Catarina (5,2%), São Paulo (3,6%) e Goiás (1,6%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção nesse mês, enquanto Ceará (0,0%) mostrou variação nula.

Por outro lado, Espírito Santo (-14,1%) e Pernambuco (-7,6%) apontaram os recuos mais intensos em setembro de 2019, pressionados, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo das atividades de celulose, papel e produtos de papel (celulose), indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural), metalurgia (lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, bobinas a quente de aços ao carbono não revestidos e tubos flexíveis e tubos trefilados de ferro e aço) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, açúcar cristal e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), no primeiro local; e de produtos alimentícios (açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, sorvetes e picolés e biscoitos e bolachas) e outros equipamentos de transporte (embarcações para transporte de pessoas ou cargas – inclusive petroleiros e plataformas), no segundo. Região Nordeste (-3,8%), Pará (-2,0%), Minas Gerais (-1,8%), Mato Grosso (-1,7%), Bahia (-1,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) também mostraram taxas negativas nesse mês.

No indicador acumulado para o período janeiro-setembro de 2019, frente a igual período do ano anterior, a redução observada na produção nacional alcançou oito dos quinze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-13,0%) e Minas Gerais (-4,6%), pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no segundo. Região Nordeste (-4,3%), Mato Grosso (-4,2%), Pernambuco (-3,0%) e Bahia (-2,9%) também registraram taxas negativas mais elevadas do que a média da indústria (-1,4%), enquanto Pará (-1,1%) e São Paulo (-0,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos nove meses de 2019. Por outro lado, Paraná (6,7%) e Rio Grande do Sul (4,3%) apontaram os avanços mais elevados no índice acumulado no ano, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, rações, açúcar cristal e carnes de bovinos congeladas) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita), no primeiro local; e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques, autopeças e carrocerias para ônibus), no segundo. Santa Catarina (3,4%), Amazonas (2,5%), Goiás (1,7%), Ceará (1,4%) e Rio de Janeiro (0,3%) também mostraram taxas positivas no indicador acumulado do período janeiro-setembro de 2019.

Deixe um comentário