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Em março, IBGE prevê alta de 1,6% na safra de grãos de 2019

MANDIOCA (raiz) – A estimativa da produção de mandioca foi de 20,5 milhões de toneladas, crescimento de 1,6% em relação ao mês anterior. Houve aumentos mais relevantes nas estimativas de Minas Gerais (68,9%), de São Paulo (10,4%), do Mato Grosso do Sul (5,5%), do Pará (1,0%) e de Alagoas (6,0%). Em relação ao ano anterior, a produção apresentou crescimento de 5,6%, apesar da redução de 24,2% da área plantada. Preços pouco compensadores e demanda restrita, em 2018, desestimularam os investimentos nas lavouras. Os produtores reduziram a área de plantio, a tecnologia de produção aplicada e a área colhida, deixando as plantas por mais tempo no campo, acumulando reservas e aguardando melhores condições de mercado.

MILHO (em grão) – Em relação à última informação, a estimativa da produção cresceu 1,9%, tendo totalizado 91,0 milhões de toneladas. Ao todo, foram acrescidos 1,7 milhão de toneladas. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 11,9% maior. Na 1ª safra de milho, a estimativa da produção alcançou 25,7 milhões de toneladas, decréscimo de 1,7% em relação à última informação. Os declínios mais significativos foram informados por São Paulo (-16,2%), Minas Gerais (-2,8%), Mato Grosso do Sul (-15,6%), Bahia (-14,0%) e Goiás (-2,9%). Em contrapartida, o Rio Grande do Sul estimou uma produção 3,6% maior. A produção gaúcha deve alcançar 5,7 milhões de toneladas, o que representa 22,2% da produção nacional de milho primeira safra. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 0,3% menor. Preços mais compensadores da soja, durante a época de plantio, influenciaram os produtores a ampliarem as áreas de plantio da leguminosa em detrimento do milho de verão.

Em decorrência do plantio antecipado da soja, aguarda-se um maior período para a “janela de plantio” do milho 2ª safra. Isto deve possibilitar um menor risco para o desenvolvimento das lavouras no campo, uma vez que será menor a probabilidade da ocorrência de períodos secos, durante o ciclo, o que deve repercutir positivamente no rendimento médio. A estimativa da produção (65,4 milhões de toneladas) cresceu 3,4% em relação à última estimativa e aumento de 17,5% em relação a 2018.

Os aumentos mais expressivos em volume de produção, em relação ao mês anterior, foram estimados para o Mato Grosso (5,4%), Paraná (1,8%), Piauí (139,7%), Minas Gerais (11,2%) e Mato Grosso do Sul (4,2%). Em contrapartida, São Paulo informou declínio de 11,9% na produção. Como os preços do milho encontram-se em patamares superiores aos do ano anterior, aguarda-se que os produtores aumentem os investimentos. Contudo, a ocorrência de chuvas, notadamente nas fases fenológicas mais importantes, torna-se fundamental para consolidação das atuais estimativas.

SOJA (em grão) – A estimativa da produção caiu 0,8% em relação ao mês anterior, pelo desdobramento do clima seco e quente em importantes estados produtores. Foram afetadas importantes áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, a estimativa da produção foi reduzida em 6,4%, devendo alcançar 3,2 milhões de toneladas. O Mato Grosso do Sul informou uma produção 7,6% menor. Quanto ao Paraná, a produção foi reduzida em 1,3%, devido ao veranico e às altas temperaturas em novembro e dezembro. A colheita da leguminosa está em andamento e, apenas no final haverá certeza quanto à extensão das perdas, que só não foram maiores devido ao retorno das chuvas. Nas áreas afetadas, houve adiantamento da colheita, dando mais segurança para a “janela de plantio” das culturas de segunda safra, como o milho e o feijão.

SORGO (em grão) – A estimativa alcançou 2,1 milhões de toneladas, decréscimo de 7,9% em relação ao mês anterior. Em Minas Gerais, segundo produtor nacional, responsável por 28,4% da produção nacional, a estimativa da produção caiu 14,7%. Em contrapartida, a produção goiana, que representa 47,6% do total nacional, cresceu 6,1%. Outros estados que alteraram suas estimativas de produção foram Mato Grosso (-6,4%), Rio Grande do Sul (-6,6%), São Paulo (16,1%), Bahia (29,9%), Maranhão (-74,8%), e Pará (-9,2%). Em relação ao ano anterior a produção nacional do sorgo deverá diminuir 5,4%. Como em alguns estados a colheita da soja foi antecipada, aumentando a “janela de plantio” para o milho 2ª safra, os produtores deram preferência ao plantio desse cereal, em detrimento do sorgo, já que este último apresenta menor liquidez e preço. Cultura cultivada em época de segunda safra nas áreas de Cerrado, o sorgo é mais tolerante ao clima seco que o milho.

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